A culpa…
A instabilidade política no Brasil é tanta que ninguém sabe como será o próximo dia. Literalmente! A queda do recém-empossado ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), ocorrida nesta segunda-feira é uma prova disso. Um dia temos uma presidente; no dia seguinte um presidente. Um dia o cara é ministro; no dia seguinte, já é presidiário. Num dia um ministério é extinto; no dia seguinte, recriado. Decididamente, o Brasil, não é para amadores!
… é do macaco
A exemplo da política nacional, a local também foi sacudida, neste início de semana. A postagem de um militante petista, referindo-se a deputada Eliane Sinhasique (PMDB), pré-candidata à Prefeitura de Rio Branco como “dePUTAda da balada” fez ferver o caldeirão. Adeptos do Horóscopo Chinês afirmam que este é o ano do Macaco. Por isso, as mudanças se processam em tamanha velocidade. Segundo esses, no Ano do Macaco, a instabilidade dá o tom!
Notas…
O episódio provocou uma onda de revolta nas redes sociais. Jornalistas, lideranças políticas e militantes de diversos partidos repudiaram o ataque à Sinhasique. PRB e PHS se manifestaram. Militantes do PT. O prefeito Marcus Alexandre (PT). O senador Gladson Cameli (PP). O presidente da executiva municipal do PT… mas, nenhuma nota oficial do Partido dos Trabalhadores! Sinhasique atribui os ataques ao fato de estar na disputa, como adversária do PT. “A Marfisa, mulher do Petecão (senador PSD), também estava na boate e ninguém falou nada”, disse a deputada.
… e contra notas
Mas, a nota que mais chamou a atenção, foi a da secretária da Mulher, Concita Maia, que permaneceu “incomunicável”, durante toda a manhã, desta segunda-feira. Concita publicou uma nota repudiando “toda e qualquer agressão contra nós, mulheres”. A nota não menciona nem uma vez o nome da deputada Eliane Sinhasique (PMDB), mas, o nome da presidente afastada, Dilma, não foi esquecido.
“Concitar”
Internamente, em alguns fóruns muito restritos, já foi criado até o verbo “concitar”. Sabe-se lá o que isso pode significar.
Incerto
Cada vez mais incerto o futuro do PRB no Acre. A possibilidade do partido da Igreja Universal ir parar nas mãos do deputado federal Alan Rick, ligado à Igreja Batista, existe, embora não esteja definido. A movimentação nos bastidores é grande, para evitar a mudança.
No jogo
Cardeais do PT mexem as pedras com cuidado para evitar que a mudança na presidência do PRB. O objetivo é evitar que o partido que tem um vereador (fiel ao PT), na Capital e dois deputados estaduais (também fiéis ao Partido dos Trabalhadores), caia no colo da oposição. Enquanto Diego Rodrigues (atual presidente) é da confiança do governador, Alan Rick é observado com o olhar enviesado. Não apostem na mudança!
Alternativa
Caso a alteração na presidência do PRB aconteça, a possibilidade é de debandada dos deputados Juliana Rodrigues e André da droga Vale, além do vereador Manoel Marcos. Eles seriam acomodados em outro partido da Frente Popular e deixariam o PRB esvaziado para Alan Rick. Política é para profissionais. Quem é de terra que fique na areia, porque o mar bravo só respeita rei!
Calma
Essa situação da retirada das famílias que invadiram o conjunto habitacional Rui Lino 3 é preciso ser observada com calma para não ocorrer em análise injusta. Os antigos usuários estavam ocupando as casas de forma irregular: conseguiram o imóvel em esquema fraudulento que rendeu quatro prisões na Operação Lares.
Calma 2
Não era justo que ficassem nas casas. Os imóveis foram desocupados. Por mais absurdo que pareça, não é justo que os imóveis sejam ocupados “no grito”. O erro do Governo reside na demora em ocupar os imóveis com famílias que realmente precisam. Se as que invadiram precisam (e devem precisar mesmo) então que a Sehab e a Caixa estabeleçam logo os critérios de ocupação.
Férias
Na tarde desta segunda-feira, foi um sufoco lá. Mas, a polícia soube conduzi a desocupação da forma menos traumática possível. Uma repórter perguntou onde estava o secretário Jamyl Asfury, responsável pela Secretaria de Estado de Habitação e foi surpreendida. “Está de férias!”, disse uma assessora, coitada, que se esforçava em convencer as famílias de que “a vez delas chegará!”.
“Fora PT!”
A situação chegou a tal grau de tensão que o grito “Fora PT!” foi ouvido em coro à medida que as famílias saíam das casas. Fazer o que é coerente e correto, não raras as vezes, rende desaprovação popular. Faz parte do jogo! Frisa-se: o erro do Governo está na demora em ocupar as casas com famílias que precisam. Não está sendo dito aqui que as famílias que invadiram não precisam. O que está sendo dito é que é preciso obedecer aos critérios previstos no programa habitacional. Ou corre-se o risco de ser injusto.
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