Após quase um mês de buscas intensas e investigações coordenadas pelas forças de segurança do Acre, a caminhonete usada no atropelamento que matou a servidora pública Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, foi finalmente localizada nesta terça-feira (16). O veículo estava escondido em uma área de mata no Ramal do Brindeiro, zona rural de Rio Branco, e apresentava sinais de que estava no local há vários dias.
Juliana, que era servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), foi atropelada e morta na madrugada do dia 21 de junho. Desde então, o principal suspeito do crime, Diego Luiz Góes Passos, era procurado pelas autoridades. Ele se entregou na manhã desta terça-feira, após articulação feita por seu advogado com o comando do GEFRON (Grupo Especial de Fronteira).
Durante o interrogatório, Diego forneceu indícios sobre a localização do veículo. Com base nessas informações, equipes do GEFRON, com apoio da Polícia Militar, Polícia Penal e agentes da Delegacia Especializada de Investigação (DEI), localizaram a caminhonete escondida. A surpresa foi a descoberta de uma arma de fogo entre as ferragens do veículo — uma pistola PT-111 da Taurus, que estava alojada entre o farol e a lataria frontal.
O coronel responsável pelas operações confirmou que a arma foi encontrada presa às ferragens e recolhida pela equipe da perícia. “O que eu posso afirmar é que havia uma arma de fogo presa nas ferragens do veículo. Isso é um fato. Agora, se é a mesma arma usada em disparos antes do atropelamento, somente a perícia poderá confirmar com os laudos”, afirmou.
A suspeita é que a pistola possa ter sido usada durante o episódio em que o amigo de Juliana, que estava com ela no momento do crime, foi quem realizou disparos — embora tenha sofrido apenas escoriações. Ainda não se sabe se a arma caiu no local do impacto ou se foi colocada ali antes ou depois do crime.
Outro detalhe importante é que, segundo os agentes que participaram da ação, o veículo apresentava sinais de que havia sido escondido há bastante tempo. O mato crescido ao redor das rodas e a ausência de marcas recentes de movimentação indicam que a caminhonete foi deixada no local possivelmente no mesmo dia ou na madrugada seguinte ao crime.
A polícia agora trabalha com todos os elementos necessários para fechar o inquérito: a confissão parcial do suspeito, a caminhonete usada no atropelamento e a arma de fogo encontrada no interior do veículo. A Delegacia de Investigação seguirá com a análise técnica dos materiais apreendidos para confrontar com os depoimentos já colhidos e esclarecer definitivamente os fatos.
Com informações da repórter Rose Lima para TV Gazeta



