Um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) revela que o estado registrou 4.546 casos de sífilis entre 2023 e 2025. De acordo com os dados, Rio Branco concentra mais de dois mil casos nesse período, sendo o município com maior número de notificações da doença.
A tabela divulgada pela Sesacre também mostra que, entre os infectados, os homens aparecem em maior quantidade. A população mais atingida é formada por jovens com idade entre 15 e 25 anos, faixa etária considerada prioritária para ações de prevenção e conscientização.
Tendência de aumento preocupa autoridades
Segundo a Sesacre, o crescimento dos casos acompanha uma tendência mundial de aumento da sífilis, o que acende um alerta para os serviços de saúde pública. Apesar de ser uma infecção sexualmente transmissível (IST) de fácil diagnóstico e com possibilidade de cura, o número de registros segue elevado.
Em nível nacional, somente em 2024, foram contabilizados 35,4 mil diagnósticos da doença. No Acre, a principal preocupação da secretaria está relacionada à sífilis congênita, que ocorre quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto.
O coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre, Josadaque Bezerra, avalia que houve uma leve melhora no cenário estadual, mas reforça que o problema ainda exige atenção.
“A gente vê que, em relação à sífilis, o estado do Acre teve uma leve melhora se comparar com outros anos. Estamos fechando o ano com 65 casos, porém, comparado ao nível nacional, precisamos melhorar bastante”, afirmou.
Sintomas e diagnóstico
- Entre os principais sintomas da sífilis estão:
- dores musculares;
- vermelhidão na pele;
- dor de garganta;
- feridas indolores no local da infecção.
Apesar da simplicidade no diagnóstico, a Sesacre reforça que é fundamental que a população procure atendimento médico ao perceber os primeiros sinais.
“A gente reforça a importância da população como principal ator desse processo. As equipes estão à disposição e os testes rápidos estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde. Contudo, é imprescindível que se faça o tratamento”, destacou Josadaque Bezerra.
Com informações de João Cardoso, TV Gazeta.



