A notícia da cassação do mandato do prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales(PMDB), também repercutiu na Assembléia Legislativa nesta quarta-feira, 11. Deputados de oposição lamentaram o ocorrido. O líder do bloco, deputado Wherles Rocha(PSDB) se solidarizou com o prefeito cassado, e disse que esta foi uma condenação injusta.
“ O vice-governador Cesar Messias, o conselheiro do Tribunal de Contas, Ronald Polanco, e outras pessoas que eram parlamentares também responderam o mesmo processo, e infelizmente, e esse é o nosso questionamento, só o prefeito Vagner Sales foi condenado”, afirma o deputado Wherles Rocha.
Mas quem surpreendeu foi o vice-presidente da Assembléia, deputado Moisés Diniz(PCdoB). Aliado do governo, ele fez um discurso em defesa de Vagner Sales, disse discordar da decisão da Justiça que afasta o prefeito do cargo, e classificou a situação como um desrespeito à vontade do eleitor.
“ O Wagner Sales está correndo o risco de deixar de ser prefeito da cidade de Cruzeiro do Sul, porque doava passagens, só isso. E muitos daquela época que não doavam as passagens e ficavam com o dinheiro das passagens, estão ilesos. O povo decide a eleição e quem perde tem que encontra um jeito de tomar no tapete”, declarou Moisés Diniz.
O PMDB já conta com a possibilidade de uma nova eleição ser realizada em Cruzeiro do Sul, em um prazo de 40 dias após o afastamento do prefeito do cargo. Agora cabe a oposição encontrar em seus quadros um nome forte para entra na disputa.
Colega de partido de Vagner Sales, o líder do PMDB na Assembléia, deputado Chagas Romão, também lamentou a situação. Ele afirma que caso a sentença de afastamento do cargo de prefeito se cumpra, será um grande prejuízo para a oposição no estado.
“Ele sendo cassado vai ficar muito ruim para o nosso partido, fica ruim porque tirando um gestor como Vagner da prefeitura de Cruzeiro do Sul a população do município também vai ter um prejuízo grande”, declara Chagas Romão.