No Acre, 16 servidores aderiram ao manifesto
Quem procurou o prédio da Superintendência da Zona Franca de Manaus, a Suframa, encontrou o aviso de paralisação. Pelos próximos quatro dias, o atendimento ao público está suspenso.
Todas as cargas com produtos industrializados precisam passar pela fiscalização do órgão. Por enquanto, a paralisação é de advertência, mas se as negociações continuarem sem avanços, uma greve geral não está descartada. A Suframa está presente em cinco estados da Amazônia. No Acre, 16 servidores aderiram ao manifesto que pede contratação de pessoal e melhores condições de trabalho.
“Nosso salário está totalmente defasado. Existe hoje alguns faxineiros[do serviço público federal] que ganham mais que um engenheiro da Suframa. Então, se eles não atenderem nossa reivindicação, futuramente poderá ocorrer a primeira greve da Suframa”, afirmou o representante do sindicato, Renato Santos.
Quem precisou utilizar o serviço na manhã desta quinta-feira, 21, ficou irritado. Sem a fiscalização, as mercadorias não podem seguir para o destino final. Márcio Adriano alega que vai ter prejuízo. “Se me segurarem até segunda-feira terei um prejuízo de R$ 12 mil”, afirma o carreteiro.
Para o Sindicato das Empresas de Logística e Transporte de Cargas, Siacre, caso ocorra uma greve, os mais prejudicados serão os consumidores. “Cabe a entidade, os empresários fazer uma movimentação, pois o único que vai perder é o contribuinte. A Suframa não faz nada de graça”, finalizou Nazaré Cunha, presidente do Siacre.