Durante visita à Câmara de Vereadores de Rio Branco nesta quarta-feira,9, o secretário de Saúde do município, Renan Biths, foi questionado sobre as compras do ‘Aedes do Bem’. O caso estourou no início de fevereiro desse ano.
Foi denunciado que a Prefeitura de Rio Branco comprou 16 mil kits, no valor de quase R$ 5 milhões, para aplicação nos bairros com maior incidência do mosquito, mas deixou as caixas acumuladas. O prazo de validade venceu e o município ficou no prejuízo.
Para os vereadores da capital, o secretário informou que a empresa repassaria um novo lote para cobrir os R$ 5 milhões que foram gastos na compra. Porém, até hoje a empresa não enviou os kits com os mosquitos geneticamente modificados.
O secretário disse que serão entregues 2.700 mil caixas no primeiro lote, mas só vai pedir para a fornecedora enviar quando chegar o período certo para não correr o risco de perder novamente.
“Nós estamos nessa tratativa de consolidar a correção das falhas que ocorreram na execução do contrato, com o objetivo de repactuar um novo cronograma de entrega, de forma que, tecnicamente, seja possível aplicar esse produto no meio ambiente de maneira mais adequada. Assim, conseguiremos colher os resultados esperados na questão do combate às arboviroses”, explica Biths.
Mesmo o secretário falando em acordo com a empresa, nenhum contrato foi oficializado. A fornecedora pode negar o reenvio dos mosquitos do Bem, já que cumpriu o contrato ao enviar os kits no ano passado. Nesse caso a Prefeitura teria que entrar na justiça, mas não é causa ganha.
“Se a empresa em algum momento ter alguma outra postura, a administração tem um mecanismo jurídico, judicial para recorrer com as nossas instituições”, acrescenta o secretário.
Os kits do ‘Aedes do Bem’ contêm mosquitos machos e seriam colocados no meio ambiente para conter a proliferação da fêmea que é que carrega o vírus causados da dengue, Zika e Chikungunya.
O secretário de saúde informou que se for necessário ingressar uma ação na justiça contra a empresa para o ressarcimento vai entrar também com um processo administrativo contra os servidores e o ex-secretário que fizeram a compra do mosquito do bem.
Matéria em vídeo produzida pelo repórter Adailson Oliveira para TV Gazeta