Coordenador é acusado de impedir acesso ao prédio
Na manhã desta segunda-feira, 10, representantes indígenas procuraram a Secretaria Especial de Saúde Indígena(Sesai) no Acre para reivindicar e também apresentar denúncia sobre as precárias condições de assistência médica região no Alto Purus.
O que era para ser uma reunião se transformou em uma cena bastante inusitada. Com a presença da imprensa no local, o portão de acesso ao prédio foi trancado. Quem estava dentro não saia, e quem estava fora não entrava. O único jeito era pular o muro ou a grade.
Segundo os indígenas, o portão foi fechado por ordem do coordenador da unidade. “Por ordem do Raimundo Costa, fechou o portão aqui, está todo mundo preso e agora ele está dando uma de vítima dizendo que foi a gente que fechou o portão”, disse Ninawá Huni Kui.
A reportagem de Agazeta.Net procurou Raimundo Costa, mas ele não quis gravar entrevista. O coordenador chegou a aparecer em uma das janelas, mas quando percebeu que estava sendo filmado, rapidamente foi embora.
A polícia militar chegou a ser acionada, mas como o prédio é federal, nada pode fazer. O presidente do Conselho Distrital Indígena(Condisi) denuncia uma série de irregularidades que vem sendo feita pela Sesai.
“Falta de medicamento e equipamentos, demora no atendimento. A gente não sabe para que são feitos os contratos. Muitos funcionários nem recebem. Existe uma situação que não pode continuar”, argumentou Sabá Manchineri.
Sem diálogo, os indígenas pedem a saída imediata de Raimundo Costa. “O que ele sempre fez foi mentir e enganar os parentes indígenas. Então, não dá para continuar com um coordenador desse jeito”, desabafou Letícia Yawanawá.