Pelo menos três motociclistas ficaram feridos nos últimos dias em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, após serem atingidos por linhas de pipa com cerol — material cortante conhecido como “linha chilena”, que representa risco grave à vida de condutores, ciclistas e pedestres.
Diante do cenário, a Polícia Militar intensificou as rondas e apreendeu uma grande quantidade de material usado nas pipas, que, em sua maioria, são empinadas por crianças e adolescentes. “Nós temos feito rondas e recolhido esse material, já que gera risco à vida. São linhas extremamente cortantes. Só nos últimos dias já vimos três incidentes graves com motociclistas atingidos no pescoço”, afirmou o tenente Alessandro Martins, da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul.
A prática, além de perigosa, é proibida por lei municipal. Segundo o tenente, a PM tem agido para coibir o uso da linha chilena, realizando a apreensão dos itens e levando-os para descarte no quartel. “Nós temos uma lei que proíbe esse tipo de brincadeira. Estamos fazendo o que está ao nosso alcance. Toda linha cortante que a gente consegue apreender está sendo retirada de circulação”, acrescentou.
Além da repressão ao uso da linha chilena, a orientação para motociclistas é que utilizem antenas de proteção, conhecidas como “corta-pipa”, para evitar acidentes mais graves. “Recomendamos que os condutores de moto instalem antenas que cortam essas linhas. É uma forma de se resguardar. A Polícia está nas ruas, mas é necessário que os pais e responsáveis também estejam atentos. ”, alertou o tenente Martins.
Apesar de ser uma atividade recreativa comum, principalmente em épocas de vento mais forte, soltar pipa com cerol pode ser enquadrado como crime de lesão corporal ou até homicídio culposo, dependendo da gravidade do caso. A polícia reforça que quem for flagrado utilizando ou comercializando o material será responsabilizado.
A população pode denunciar casos de uso ou venda de linha cortante por meio do 190.
Com informações de Glédson Albano para TV Gazeta



