Marcelo Jucá foi o autor do requerimento
Os vereadores de Rio Branco ficaram revoltados depois que o comandante da Policia Militar, Coronel José Anastácio, e o secretário de Policia Civil, Emylson Farias, não compareceram a uma sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira, 3, para discutir a violência.
Os parlamentares chamaram os representantes de bairros e diretores de escolas para apresentarem sugestões e fazerem, claro, as reclamações. Mas, tudo foi em vão. A cúpula da segurança não foi, nem mandou representante.
Os convites para a sessão foram enviados no dia 24 de setembro, quando a capital registrou oito homicídios num fim de semana.
Segundo o vereador Marcelo Jucá, responsável pelo requerimento que convidou as duas autoridades, faltou respeito com a Câmara e com a população.
A sessão aconteceu porque os presidentes do Sindicato da Policia Civil e da Associação dos Militares compareceram. E, segundo alguns vereadores, a presença dos representantes das policais foi o maior motivo para “fuga” da segurança pública. “Os representantes vão mostrar como está a situação da estrutura das policias, e, como vai ser difícil contestá-los é melhor não aparecer” disse Juracy Nogueira.
E não deu outra: os representantes da PM e da Policia Civil desnudaram a versão de uma policia bem estruturada. O presidente da Associação dos Militares, sargento Isaque Ximenes disse que está faltando de tudo e que parte dos problemas na combate à violência está na falta de pessoal, veículos e equipamentos para os quartéis e delegacias.
Os representantes dos policiais explicaram, com números, o défict de pessoal na área de segurança. Atualmente, a Policia Civil tem 670 agentes, até o final do ano que vem 300 deles estarão aposentados, ficaram apenas 370.
Na Polícia Militar, o estado deveria contar com 4.732 militares, hoje são apenas 2.500.
Esses dados não puderam ser confirmados nem contestados porque a cúpula da segurança pública não apareceu à sessão e não explicou a falta.