Pobreza e exclusão agravam o quadro
Com 70% da área urbana atingida pelas águas do Rio Tarauacá, o município vai se ajeitando como pode. As 81 famílias desabrigadas já estão acomodadas em escolas, centros religiosos e creches. A formalização do decreto de Calamidade Pública foi divulgada pela prefeitura de Tarauacá, mas ainda não foi formalizada pela Defesa Civil Nacional.
São mais de 5,3 mil famílias atingidas. No decreto assinado pelo prefeito Rodrigo Damasceno, o número ganha outros dígitos. Ele calcula em número de pessoas: são 15 mil pessoas no cálculo da prefeitura.
Idosos, crianças, pessoas com deficiência física, aliadas à pobreza e à vulnerabilidade social pioram mais ainda a situação dos moradores do município.
A rio está medindo 12,50m segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), mais de 3 metros acima da cota de alerta que é 9 metros.
Tecnicamente, para ser declarada Calamidade Pública tem que haver mais de 300 famílias atingidas e 2,70% da receita líquida anual de prejuízo. Segundo o prefeito de Tarauacá, apenas os gastos com as famílias desabrigadas já ultrapassam o valor e os prejuízos reais da enchente só poderão ser avaliados após o rio baixar.