A defesa da advogada Mariana de Oliveira, presa em flagrante na última segunda-feira (10) ao tentar entrar com drogas no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, se manifestou após relatos de uma suposta nova apreensão de entorpecentes na quarta-feira (12) na residência da investigada.
Em entrevista ao Agazeta.net, a advogada criminalista Maria da Guia Medeiros de Araújo, que representa Mariana no caso, negou que tenha havido uma segunda apreensão de drogas na quarta-feira (12), conforme divulgado por alguns veículos de imprensa.
“A Mariana foi presa no presídio, na FOC, por volta de oito e meia da manhã do dia 10. Ela foi detida por tentar entrar no presídio levando droga. Com relação à droga apreendida na casa dela, foi no mesmo dia, 10 de novembro, e não houve nenhuma nova apreensão no dia 12”, esclareceu a defensora.
De acordo com Maria da Guia, os entorpecentes foram encontrados na residência da advogada ainda no dia da prisão.
“Foram encontrados na casa da Mariana, no dia 10. Acredito que isso vai ser esclarecido no processo, mas sim, a droga estava na casa dela. Tudo o que foi apreendido foi incluído no processo. Não houve nova busca ou apreensão depois disso”, reforçou.

Segundo a defesa, a quantidade total de drogas apreendidas seria de aproximadamente 3kg, somando o que foi encontrado na casa e o que estava com a advogada no momento em que ela tentava entrar no presídio.
A advogada Mariana de Oliveira passou por audiência de custódia na terça-feira (11) e obteve liberdade provisória. A decisão foi concedida pelo juiz Cláudio Zolotti, do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) com parecer favorável do Ministério Público, mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o acompanhamento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
“Um dos critérios é frequentar palestras e comparecer ao CAPS para acompanhamento com psiquiatra e psicólogo. Ela já iniciou esse tratamento, conforme determinação judicial”, afirmou Maria da Guia.

A defesa também ressaltou que a decisão judicial que concedeu a liberdade provisória considerou laudos psiquiátricos apresentados nos autos.
“A Mariana não foi colocada em liberdade apenas porque a defesa alegou que ela tem depressão, transtorno de personalidade borderline e compulsão em jogos. Existem laudos de dois psiquiatras que a acompanham, comprovando os problemas psíquicos dela”, explicou.

Apesar da liberdade provisória, Mariana de Oliveira ainda responde ao processo e segue sendo investigada. O inquérito é conduzido pela Delegacia de Repressão ao Entorpecente (Defla), que, segundo informações preliminares repassadas pela própria polícia ao Agazeta.net, teria realmente ido na residência da advogada e localizado os entorpecentes.
“O inquérito ainda não foi concluído. Vamos aguardar o andamento das investigações para definir as medidas legais que serão adotadas. O que queremos deixar claro é que não houve nova apreensão no dia 12 de novembro”, finalizou a advogada de defesa.
A Polícia Civil ainda não divulgou oficialmente o quantitativo total de drogas apreendidas no caso nem detalhes da investigação, que segue em curso.



