Por defender “catequização” indígena, deputado foi criticado
Inconformado com as críticas que recebeu por defender na semana passada a substituição dos rituais indígenas pelo fortalecimento da evangelização da etnia Kaxinawá, do Alto Purus, o deputado e pastor Denilson Segóvia (PEN) disse ter sido mal interpretado e atacado de forma injusta por movimentos indígenas.
Em pronunciamento na semana passada, Segóvia criticou a Funai (Fundação Nacional dos Índios) por proibir a entrada de missionário em aldeias do Acre. Denílson reconhece que os povos indígenas do Acre não praticam o infanticídio como uma conhecida etnia da Amazônia brasileira, mas, segundo ele, “ainda praticam a cultura da pedofilia, da bebedeira e da pajelança, que é o fumo”.
O presidente da Assembleia Legislativa, Élson Santiago (PEN), aproveitando a discussão convidou o religioso para participar do festival de danças e rituais dos yawanawas que se inicia neste fim de semana.
O parlamentar-pastor disse ter ouvido de um índio Kaxinawá a necessidade de “ouvir o evangelho do cacique da igreja que é Denilson Segóvia”. O deputado criticou a decisão da Funai, pois entende que proibir os missionários “é um atraso de mais de um século, da volta às trevas da ignorância”.
Nesta quinta, seus colegas de plenário que também são evangélicos saíram em sua defesa e apoiaram a evangelização dos indígenas acreanos. Entre os apoiadores de Segóvia estão Jamyl Asfury (PEN), Astério Moreira (PEN) e Walter Prado (Pros).