Os investidores pediram apoio aos deputados, diante do dilema que enfrentam desde a decisão judicial
Depois de muito barulho nas ruas e manchetes em jornais de todo o país, o caso da Telexfree chegou oficialmente à Assembléia Legislativa. A conversa foi a portas fechadas, participaram da reunião seis deputados e os principais investidores da empresa, do Acre e de outros estados.
Os investidores foram pedir o apoio dos deputados, diante do dilema que eles enfrentam desde que a Justiça do Acre determinou a suspensão de todas a operações da Telexfree no país, inclusive com bloqueio de bens da empresa e de seus diretores.
“Estamos buscando ajuda dos deputados, que de antemão já se comprometeram em nos ajudar. O governador também já se posicionou, agora queremos alguns encaminhamentos, queremos conversar com o Ministério Público, com a juiza, que dê uma decisão até porque vai ter um recesso judicial”, declara o investidor José Ildson.
Enquanto a reunião transcorria no terceiro andar do prédio da Assembléia, no haal de entrada centenas de investidores aguardavam notícias. Ele chegaram a fechar a rua em forma de protesto, a exemplo de outras manifestações realizadas ao longo dos últimos dias.
Na Assembléia Legislativa pelo menos cinco deputados fizeram investimentos na empresa Telexfree. Alguns participaram da reunião desta terça-feira. Até agora nenhum deles assumia publicamente a participação no negócio, depois da conversa de hoje, resolveram comprar a briga.
“Eu sou divulgador da Telexfree e estou nessa campanha a favor do povo do Acre”, afirma o deputado Jonas Lima (PT). Já o deputado Lira Moraes(PEN) declara que “o investimento é altamente legal, não vejo problema nenhum, ainda não encontrei uma pessoa que reclamasse que não recebeu retorno”. O deputado Éber Machado afirma que “sou maior de idade faço o que eu quiser”.
Segundo um dos advogados da Telexfree que também participou da reunião daqui para frente o que eles querem é um posicionamento da Justiça do Acre, mesmo que seja desfavorável, só assim poderão recorrer a uma instância superior. “Acho que o julgador tem que dizer pode ou não pode, porque se aqui nós não tivermos êxito vamos recorrer ao STJ”, declara o advogado Jorginei Ribeiro.
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