No Ramal do Romão, crime ambiental
Mesmo enfrentando uma das maiores crises hídricas da história, os crimes ambientais não param. No Ramal do Romão, na BR-364 bem próximo ao Aeroporto de Rio Branco, na região do Aquiles Peret há um exemplo.
Nossa equipe flagrou homens derrubando toda a vegetação que protege uma área de nascentes. A água que brota da terra é que garante a sobrevivência dos igarapés da região e abastecem os açudes e poços.
O desmate estava sendo realizado bem no local onde brota água da terra. Os homens que faziam a derrubada logo avisam para não filmar ou fotografar, mas, como estávamos na propriedade vizinha do veterinário Pedro Mota, foi possível flagrar o crime ambiental. Em poucos minutos, parte da vegetação estava no chão.
O medo de Pedro Mota, é que outra área, com árvores de até 7 metros de altura, também seja derrubada. Próximo à vegetação, o veterinário mostra um poço com água limpa com 6 metros e meio de profundidade. O poço é abastecido pela nascente que fica no meio da vegetação.
É mostrado outro açude que foi cavado e mesmo sem chuvas a água vai brotando da terra. “Se a vegetação for destruída, as nascentes vão morrer. Com isso, toda a região ficará seca. Será o fim do igarapé que corta toda a região”, alertou Mota.
A morte de nascentes no ramal fez com que o igarapé que passa na região secasse. No bueiro que corta o ramal, sobrou um pouco de lama. Atravessando a propriedade do Pedro Mota ainda encontramos o local onde uma nascente ainda sobrevive graças à vegetação.
“Ela ainda poder a salvação do igarapé, mas a mesma nascente atravessa o ramal e sem proteção vai sumir em alguns anos”, relatou.
O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre vai enviar equipe até o ramal para punir quem está destruindo a mata que protege as nascentes. A lei prevê duras penas para quem comete esse tipo de crime ambiental.