Ela afirma que as espera é longa e ainda tem que lidar com ônibus quebrados e sem acessibilidade
A demora na espera pelo transporte coletivo é um problema enfrentado e relatado por vários usuários. Francidalva Ribeiro, de 29 anos, é mais uma dessas pessoas. Ela é mãe do pequeno José Matheus, 10 anos, e luta todas as vezes que precisa levar a criança ao neuropediatra na Fundação Hospital do Acre (Fundhacre).
A criança tem paralisia cerebral múltipla e, segundo a mãe, além da demora, os elevadores dos ônibus estão sempre com defeito.
Na última quinta-feira, ela foi surpreendida com a informação de que o ônibus que faz a linha para a Fundhacre iria demorar além do normal. “O fiscal disse que só tinha um ônibus do Fundhacre, aí foi na hora que estava chegando o coletivo do Universitário, e ele disse que iria falar com o motorista para ele me levar. Então, era pra me levar até o terminal da Ufac, e do terminal da Ufac me deixar na Fundação”, disse Francidalva.
Mesmo o fiscal pedindo, o motorista não seguiu o que foi dito, de acordo com o relato da mãe. “Quando cheguei no terminal da Ufac, eu falei como é que é isso, pois o fiscal falou no terminal pra ti me deixar na Fundação, e tu vai para o final do bairro Universitário, ele disse que só fazia o que mandavam ele fazer, e ainda afirmou que não tinha ouvido, sendo que o fiscal disse que ele tinha ouvido”, explicou.
Além desse impasse, ela quase perdeu o horário da consulta que estava marcada para 8 horas, já que, devido a espera, chegou à unidade quase 9 da manhã. A consulta foi realizada, mas os problemas de não cessaram por aí. Francidalva ainda teve que esperar por mais de 1 hora na parada de ônibus e, após a chegada do coletivo, outro entrave foi vivenciado por mãe e filho.
“A plataforma não estava funcionando e já tinha um cadeirante dentro do ônibus. Além disso, o motorista ainda queria que eu esperasse ele voltar do terminal, para assim poder pegar ônibus”, contou. “Consegui porque fui pra frente do ônibus e ele subiu assim, com a ajuda de outras pessoas”.
Após todo esse percurso, a mãe e filho só conseguiram chegar em casa depois das 12h50. “É uma humilhação, pois o meu filho é amparado pela lei, mas isso é só no papel, pois na prática não é isso que acontece”, concluiu a mãe.



