O futebol do Acre viveu um momento de tristeza na tarde de quarta-feira (16), com o velório do presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Antônio de Aquino Lopes, o “Toniquim”. Inicialmente previsto para ocorrer no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), a despedida foi transferida para o Estádio Florestão, palco de tantos jogos e decisões que tiveram a marca da sua gestão à frente do futebol acreano.
A homenagem foi marcada por emoção, respeito e reconhecimento ao trabalho de décadas de Toniquim, que presidia a FFAC desde 1992 e se tornou uma das figuras mais influentes do futebol regional. Autoridades, dirigentes de clubes, atletas, árbitros, torcedores e familiares estiveram presentes para dar o último adeus ao dirigente.

O enterro foi realizado no cemitério Morada da Paz e contou com a presença de diversas figuras ligadas ao esporte. Entre elas, Adem Araújo, vice-presidente da FFAC e nome mais cotado para assumir o cargo deixado por Toniquim. Em discurso emocionado, Adem destacou o peso da responsabilidade que passa a carregar:
“Infelizmente, assumir na federação numa situação dessas não era o desejo de ninguém, muito menos meu. Nunca tive a ideia de presidir a Federação de Futebol, mas vou ter que atender o desejo do nosso presidente, que era ser vice e estar disponível na hora que fosse preciso. Dificilmente alguém vai fazer o que o presidente Toniquim fez pelo futebol do Acre, mas esperamos poder dar continuidade ao trabalho que ele vinha fazendo, sobretudo com transparência e dedicação. Os clubes podem esperar o melhor possível da gente”, garantiu Adem.
A longa trajetória de Toniquim também foi lembrada por Josemir Amorim, presidente da Comissão de Arbitragem da FFAC e amigo pessoal do dirigente. Ele destacou o legado construído ao longo de mais de quatro décadas de atuação:
“O Aquino hoje é uma figura ímpar no futebol do Acre, do Norte e do Brasil. Falar dele é difícil e ao mesmo tempo muito fácil pela convivência de 40 anos. Ele deixa um legado físico, profissional e emocional. Agora seremos conduzidos por uma pessoa também de conduta, de compromisso, que é o Adem Araújo. Estou à disposição para cumprir com a mesma fidelidade e competência com que servi ao doutor Aquino Lopes”, afirmou.
Antônio Aquino Lopes foi mais que um dirigente: foi um símbolo de resistência, trabalho e paixão pelo esporte. Sua morte deixa uma lacuna profunda, mas também um caminho construído com firmeza, que agora caberá à nova gestão preservar e fortalecer.
Com informações do repórter John Catão para o site Agazeta.net