Governo garante que vai pagar integralmente mês de dezembro
A situação dos professores provisórios que teriam recebido corte de salário foi tema de debate nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa. Segundo o governo, os trabalhadores terão seus direitos garantidos.
O dilema dos professores provisórios que teriam o contrato rescindido em 16 de dezembro foi um dos destaques nos debates de hoje na Assembleia Legislativa. As discussões mais polarizadas ficaram mais uma vez por conta dos deputados Major Rocha e Geraldo Pereira, oposição e situação, respectivamente.
Segundo Rocha, os profissionais da educação além de serem prejudicados pelo contrato sem vínculo, que não lhes garante direitos, no mês de dezembro só devem receber a metade do salário, cerca de R$ 800,00. O valor seria correspondente a apenas 15 dias trabalhados. O prejuízo atinge cerca de 4 mil professores provisórios.
Na defesa do governo, o deputado Geraldo Pereira rebateu os argumentos. Entrou em contato com a secretaria de educação e a resposta veio definitiva. “Os direitos dos trabalhadores serão garantidos. O governo do Estado vai cumprir com o que está no contrato”, disse.
No ano passado, o deputado Major Rocha apresentou um projeto de lei onde limita em 25% a contratação de professores provisórios. A proposta segundo ele, é forçar o Executivo a investir em concurso público para a categoria.
O parlamentar argumenta que o que fica mais barato e viável para o Estado, não é o melhor para os trabalhadores. “O Estado deixa de pagar encargos. Só paga 10 meses por ano. Deixa de pagar encargos trabalhistas e, além disso, mantém os professores na não.
Qualquer um que se levantar contra a gestão é demitido. Do outro lado da medição de forças na Educação estão os alunos, com professores sem o estímulo necessário, que ganham menos”, argumenta Rocha.
A repercussão da causa dos professores provisórios na Aleac ganhou força com uma manifestação mobilizada pela categoria para a manhã desta quarta-feira. Os professores ameaçaram fazer barulho, mas logo foram recebidos por uma equipe da Secretaria de Educação, na Casa Rosada.
Depois da reunião, ficou acertado que o Governo vai pagar o mês de dezembro integral aos trabalhadores. Com isso, só serão demitidos no dia 31 de dezembro. “O que a gente quer é que as promessas não fiquem no papel, por que acho uma falta de respeito com os provisórios”, disse a professora Cléia Ferreira.