Desde o dia 10 de março, o ministério da Saúde promove uma campanha de vacinação inédita no país. Pela primeira vez, meninas de 11 a 13 anos de idade são imunizadas contra o papiloma vírus humano, o HPV.
Ao todo, serão três doses. A última ocorre em 2019. No Acre, 22 mil adolescentes estão na faixa etária correspondente. A metade na capital. A secretária estadual de Saúde, Suely Melo, explica os motivos para a escolha desse público.
“As pesquisas mostraram que a resposta imunológica nessas adolescentes é melhor. Além disso, a maioria dessas meninas não começou a atividade sexual”, ressaltou.
Suely afirma que o vírus é facilmente transmitido. “Somente em um contato com já acontece”, enfatiza. O HPV é o responsável pela maior parte dos registros de câncer de colo de útero do país.
Apesar da campanha, pais e entidades são contra a vacina. Um dos principais argumentos levantados é o estímulo para o início da vida sexual. “Ideia absurda. O que estamos fazendo é proteger nossas crianças e futuras mulheres”, argumentou a secretária.
Ela esclareceu que a imunização não desperta o libido das adolescentes. Além de uma cartilha explicativa, o responsável recebe um formulário. No documento, ele faz a opção por autorizar ou não a aplicação da vacina.
As declarações de Suely Melo foram dadas durante participação no programa ‘Gazeta Entrevista’, na noite da última quarta-feira, 12.