Presidente da Câmara alerta que alguns precisam acordar
Depois de 10 meses de trabalho, tem vereador em Rio Branco que ainda não apresentou um projeto sequer, ou usou a tribuna da Câmara para fiscalizar ou apresentar melhorias para a cidade. Ao todo são cinco vereadores, que, por enquanto, não disseram por que escolheram o parlamento: Graça da Baixada, Fernando Martins, Antônio Morais, Marcelo Macedo e Manoel Marcos não criaram nada para melhorar a cidade ou fiscalizaram. Pouco usam a tribuna da casa para apresentar indicações que é pedindo à prefeitura que melhore uma rua, por exemplo.
Até a sessão desta quinta-feira, 24, a Câmara de Rio Branco movimentou 96 projetos de lei, mas isso não significa que foi a produção dos vereadores. Quase 60% das matérias vieram do Executivo. Os vereadores apresentaram 45 projetos, parece um número alto, no entanto, quando avaliamos qual melhoria trouxe para a cidade, esse número baixa muito. A metade desses projetos apenas institui um programa, dá títulos de utilidade pública ou de cidadão ou então cria um dia comemorativo, como um que foi criado há dois meses que é o dia da “cardiopatia congênita”. Entendeu?
Dos 19 projetos que sobraram, nove foram vetadas pelo prefeito. Sobraram apenas 10, e, apenas a metade virou lei.
O presidente da mesa diretora, vereador Roger Correa, disse que alguns vereadores precisam acordar para o parlamento. Muitos fazem trabalhos nos bairros e esquecem a responsabilidade de ser um vereador atuante.
Dos 17 vereadores de Rio Branco, a maioria só faz o que a prefeitura manda. Essa ligação embrionária com o Executivo faz com que o vereador deixe de fazer o seu principal papel: fiscalizar o Executivo. Por causa disso, os deputados estaduais pagaram caro na semana passada. Aprovaram um projeto acabando com a atividade do táxi lotação, quando notaram que estavam prejudicando 500 trabalhadores, ficaram assustados, e, aí, descobriu-se o óbvio: os deputados aprovam projetos sem ler. O mesmo exemplo serve para os vereadores da capital.
Brevemente, os vereadores estarão concluindo o ano legislativo, e, é bom avaliar o que fizeram para a população. Afinal, só de salário cada um recebe R$ 12 mil, fora verba de gabinete e o dinheiro para assessores.