A família de Carpeggiane de Freitas Lopes, de 46 anos, divulgou uma nota de repúdio nesta quarta-feira (23), cobrando esclarecimentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) sobre a condução das investigações do grave acidente ocorrido na última quinta-feira (17), na Via Verde, em Rio Branco. A colisão resultou na morte de duas pessoas e deixou outras duas feridas.
Segundo a nota, a PRF teria liberado, ainda no local do acidente, o motorista da caminhonete Ford Ranger vermelha, de placa EEP-2E06, identificado como Talysson da Silva Duarte, apontado como o responsável pelo acidente. A família contesta a ausência de medidas mais rigorosas diante da gravidade da ocorrência, que teve vítima fatal ainda na cena e outras três pessoas em estado grave, entre elas Carpeggiane, que morreu dois dias após o ocorrido.
“É inadmissível que, em uma ocorrência com tamanha gravidade e com vítima fatal, o condutor envolvido tenha sido liberado sem a devida condução para procedimentos investigativos mais rigorosos, como determina o protocolo em situações com vítimas fatais”, afirma o texto.
O acidente envolveu quatro pessoas: Márcio Pinheiro da Silva, que morreu no local; Rayane Xavier Lima Verde e Fábio Farias de Lima, que permanecem hospitalizados; e Carpeggiane, que faleceu no domingo (20), após dois dias internado no Pronto Socorro.
A nota também critica a Polícia Civil, que, de acordo com a defesa do motorista, não teria colhido o depoimento de Talysson mesmo após sua apresentação voluntária na delegacia. “Esse tipo de omissão compromete não apenas a integridade do processo investigativo, como também a confiança da sociedade nas instituições que deveriam zelar pela aplicação da justiça.”
A família pede que a investigação seja conduzida com transparência, celeridade e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. “Reforçamos nossa cobrança por uma apuração séria, exigindo explicações claras sobre os motivos que levaram à negligência por parte das autoridades envolvidas.” O caso segue sob investigação.
Veja a nota na íntegra
A Família Freitas, profundamente abalada pelo trágico falecimento de Carpegiane de Freitas Lopes, vítima do grave acidente ocorrido na quinta-feira (16), nas proximidades da Terceira Ponte, na Via Verde, BR-364, em Rio Branco – Acre, vem a público manifestar seu repúdio à conduta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao liberar, ainda no local, o condutor da caminhonete Ford Ranger vermelha, de placa EEP-2E06, Talysson da Silva Duarte, apontado como responsável direto pelo acidente que vitimou outras três pessoas – Márcio Pinheiro da Silva que morreu ainda no local, Rayane Xavier Lima Verde e Fábio Farias de Lima que permanecem sob cuidados médicos, além de Carpegiane que não resistiu aos ferimentos após três dias internado em estado grave.
É inadmissível que, em uma ocorrência com tamanha gravidade e com vítima fatal, o condutor envolvido tenha sido liberado sem a devida condução para procedimentos investigativos mais rigorosos, como determina o protocolo em
situações com vítimas fatais.
Diante disso, solicitamos com urgência esclarecimentos por parte da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público sobre os critérios adotados para a liberação do condutor, bem como os desdobramentos da investigação que deve apurar com rigor as circunstâncias do acidente. É fundamental que este caso seja tratado com a seriedade e transparência que a situação exige, e que todos os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.
A gravidade da liberação imediata do condutor ganha contornos ainda mais alarmantes com a informação, divulgada pela defesa do condutor, de que Talysson Duarte chegou a se apresentar voluntariamente à delegacia, mas, de forma igualmente estarrecedora, a Polícia Civil sequer realizou a coleta de seu depoimento.
Esse tipo de omissão compromete não apenas a integridade do processo investigativo, como também a confiança da sociedade nas instituições que deveriam zelar pela aplicação da justiça. É inaceitável que, mesmo diante da tragédia que vitimou quatro pessoas, medidas básicas e imprescindíveis não tenham sido adotadas.
Diante desse novo fato, a Família Freitas reforça sua cobrança por uma apuração séria, célere e transparente, exigindo explicações claras sobre os motivos que levaram à negligência por parte das autoridades envolvidas.
A Família Freitas reitera seu compromisso com a busca por justiça, e seguirá vigilante para que a memória de Carpegiane de Freitas Lopes seja honrada com verdade, dignidade e a devida responsabilização.