O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, durante participação no programa Gazeta Entrevista nesta sexta-feira (5), concedeu a última entrevista antes das restrições impostas pela legislação eleitoral, que entram em vigor a partir da meia-noite. Com o início das convenções partidárias em julho, candidatos e gestores públicos devem cumprir prazos rigorosos para evitar que as ações deles sejam interpretadas como campanha eleitoral.
A partir deste sábado (6), Bocalom estará impedido de participar de entrevistas na mídia e de inaugurações de obras, embora as inaugurações planejadas continuarão ocorrendo sem sua presença física. Durante a entrevista, o prefeito destacou diversas ordens de serviço que foram anunciadas e que terão continuidade durante o período eleitoral.
Entre os principais projetos mencionados estão a Ponte do Ramal Jarvas Passarinho, o Viaduto da AABB, o Mercado Elias Mansour, o Centro de Acolhimento de Pessoas em Tratamento de Saúde, e várias reformas e construções de unidades de saúde. “A Ponte da Judia é um sonho antigo da comunidade que está se concretizando”, destacou Bocalom.
Além desses, o prefeito ressaltou investimentos em projetos de agroindústria e em restaurantes populares, com o objetivo de beneficiar a população mais vulnerável e o parque Cidade da Criança.
Relação com Vice-Prefeita
Durante a entrevista, Tião Bocalom também falou sobre sua relação com a vice-prefeita Marfisa Galvão. A possível renúncia de Marfisa Galvão do cargo de vice-prefeita de Rio Branco, para concorrer ao lado da oposição, tem gerado movimentações, levantando questões sobre os desdobramentos dessa decisão e seu impacto na gestão atual do prefeito Tião Bocalom. Questionado sobre a situação, Bocalom afirmou: “É um direito que ela tem, se ela renunciar, vai renunciar, aí o presidente da câmara passa a ser o primeiro para escolha.”
A escolha de Marfisa como vice-prefeita foi uma decisão pessoal de Bocalom, como ele próprio detalha: “Quando foi na nossa eleição, que estava lá o PP e o PSD, só sobraram esses dois partidos naquela época, contra todo mundo. Eu cheguei no Petecão, falei ‘Petecão, eu quero a Marfisa de minha vice.’ Daquele jeitão dele, né? Brincalhão, ele respondeu ‘Rapaz, você não conhece essa mulher’ e eu falei ‘Não, Petecão. Conheço sim. Quanto tempo que a gente já vem junto, desde 2010, você foi candidato ao Senado, a gente sempre andou junto, e 2012 e tal. Então, sim, eu quero ela como minha vice’. Ele então disse ‘Bom, se você quiser, eu não vou fazer oposição, mas escolheria outro nome’. Realmente, foi escolha pessoal minha. Tivemos alguns problemas pelo meio do caminho, mas deu certo.”, finalizou o prefeito.
Sobre o respeito às decisões políticas de Marfisa e do senador Petecão, Bocalom foi enfático: “Com certeza respeito a decisão dela, do Petecão. Não tenho nenhum problema.”
Questionado se guarda algum ressentimento, especialmente considerando que Petecão apoiou sua eleição para prefeito, Bocalom respondeu: “Não, não tenho mágoa nenhuma, porque o Petecão me apoiou pra prefeito e eu apoiei ele pra governador, então, como disse o Gladson, né? Então, estamos zero a zero. Ele resolveu tomar outro caminho e fazer o quê?”
Parceria com o Governo
Bocalom ressaltou também a parceria do atual governo com a prefeitura da capital, e diz ter uma amizade próxima com o Governador Gladson Cameli, que apoiará sua candidatura. “O governador é meu amigo. Graças a Deus a direita resolveu se juntar.” disse o Prefeito.
Esta entrevista marca o fim de um período intenso de atividades e planejamento estratégico para o prefeito Tião Bocalom, que agora se prepara para enfrentar os desafios do período eleitoral que se inicia.
