O corpo de Raimundo de Assis, de 52 anos, chegou a Cruzeiro do Sul no fim da manhã desta terça-feira (8), por volta das 10h30, e foi recebido por familiares no Aeroporto Internacional da cidade. Muito abalados, parentes acompanharam o cortejo até a casa da mãe do vigilante, onde o velório acontece, na avenida Coronel Mâncio Lima. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério local.
Assis morreu após ser baleado durante uma tentativa de assalto em uma escola pública de Rio Branco, onde trabalhava como vigilante. O crime ocorreu antes do início das aulas, quando dois homens armados invadiram a unidade de ensino, supostamente com o objetivo de roubar a arma do segurança. Segundo informações da polícia, Raimundo reagiu e houve troca de tiros dentro da escola. Ele foi atingido e morreu ainda no local, antes da chegada do socorro.
Durante o velório, o clima é de dor e revolta. O irmão da vítima conversou com a imprensa e criticou duramente a insegurança nas escolas, cobrando uma resposta firme das autoridades. “Hoje em dia vivemos um mundo cheio de maldade no coração do ser humano. Meu irmão era um pai de família, trabalhador, querido por todos. Infelizmente, por causa dos procedimentos desses governantes, a bandidagem está entrando nas escolas. Isso não tem cabimento. Esses elementos não podem ficar soltos em 30 dias. A família pede que haja justiça de verdade, que eles sejam punidos como devem ser”, desabafou.
O vigilante era natural de Cruzeiro do Sul, onde morava a maior parte de sua família. Ele deixa esposa e filhos. O caso está sendo investigado pelas autoridades e reforça o debate sobre segurança dentro do ambiente escolar. Familiares e colegas de trabalho de Raimundo clamam por justiça e por mais proteção para os profissionais da área.
Com informações do repórter Gledsson Albano para TV Gazeta