Pelo menos 256 indivíduos que vivem em situação de rua na Capital
A secretaria de Ação Social de Rio Branco está monitorando os postos de abastecimento da capital, depois da descoberta que moradores de rua estão consumindo etanol, o mesmo álcool que é usado para abastecer os carros. Os moradores em situação de rua, assim denomina a prefeitura, compram o produto nos postos e vão consumir em prédios abandonados.
Juntamente com o etanol tem o consumo do crack. Para manter o vício, eles vivem pedindo nas ruas, e esse movimento frenético só para quando o corpo não aguenta mais e dormem em qualquer lugar. No centro da cidade e nos mercados, é comum essas pessoas deitadas nas calçadas.
A Secretaria de Ação Social fez um levantamento na capital e descobriu 256 indivíduos que vivem em situação de rua. Desse número, 53% são de Rio Branco, o restante veio do interior do Estado ou de outros países, como os grupos que fazem malabarismos nos semáforos.
A pesquisa mostra que em três anos aumentou em 200 % o número de moradores de rua em Rio Branco.
Segundo o diretor de proteção social da prefeitura, Fabio Fabricio Silva, em 93% dos casos, as pessoas foram para rua por causa do álcool e das drogas. Com os conflitos familiares, muitas dessas pessoas não puderam mais voltar para a casa e encontraram na rua um novo e violento lar.
Um outro fator preocupante é que está aumentando o número de mulheres em situação de rua. Só que elas trazem um problema em duplicidade. Quando largar o lar e vão para as ruas abandonam os filhos. Segundo Fabio Fabricio, semanalmente o educandário Santa Margarida, recebe em média três crianças abandonadas pelos pais, e, a causa principal, é a droga.
A Secretaria está fazendo abordagens e levando os casos mais graves para os centros de recuperação. Nasce um novo problema: a cada 10 moradores de rua abordado, seis não querem ajuda.
A prefeitura em parceria com outros órgãos tenta chamar a atenção da população, para que todos ajudem no combate as drogas. Na segunda-feira, começa uma campanha pela paz. A primeira área escolhida é a baixada da Sobral. Em seis dias serão oferecidos diversos serviços à comunidade. Nas escolas serão realizadas palestras e instruções aos professores para que possam identificar quando a droga chega a sala de aula.
Para quem for ajudar nesse enfrentamento as drogas pode telefonar para o disque 100 para denunciar a apontar casos, ou ligar direto para a secretaria de ação social no 9984 5399.