Professor de finanças e advogado explicam
O Pix, novo sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central, começa a funcionar oficialmente no dia 16 de novembro, mas a liberação para cadastro de chaves começou nesta segunda-feira (5).
Nos primeiros três dias após a liberação 16,6 milhões de cadastros pelos canais digitais dos principais bancos do país já foram realizados pelos brasileiros, segundo o próprio Banco Central.
O administrador, professor de finanças e planejador financeiro pessoal, Alex Barros, explicou que o Pix é um instrumento financeiro que possibilitará a transferência de recursos monetários, entre instituições financeiras, ou seja, transferências interbancárias, instantaneamente.
“A transferência poderá ser efetuada durante as 24 horas do dia, em qualquer dia da semana, inclusive em feriados e nos finais de semana, o que não acontece hoje”, esclarece Barros.
Para utilizar a ferramenta serão necessárias chaves ou apelidos para a identificação da conta transacional, que poderá ser feita utilizando: número do telefone celular, CPF ou CNPJ, ou um endereço de e-mail; por meio de QR Code; ou ainda por meio de tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação.
“O Pix além de facilitar a transferência e valores entre pessoas, irá também ser útil para o pagamento de contas e recolhimento de impostos e taxas de serviço. Ele é mais rápido, seguro e barato, algumas instituições financeiras não cobrarão nada por sua utilização”, destaca Alex.
Em se tratando de segurança digital, o advogado, Willian Alencar, especialista em Direito Digital e Compliance, reforça a segurança digital da ferramenta. “Funciona com uma camada a mais de autenticação, inclusive com a mesma metodologia da chamada ‘autenticação de dois fatores’ presentes em muitas redes sociais e que dificulta golpes, além de todas as outras já disponíveis para os bancos”, explica o advogado.
Nesse primeiro momento, ainda de conhecimento do novo instrumento financeiro, é necessário tomar cuidado e observar alguns pontos. “A primeira dica é para que as pessoas optem por chaves aleatórias. A utilização de e-mails, números de telefone ou CPF, podem trazer facilidades a criminosos, se levarmos em consideração a maior facilidade para um criminoso ter acesso a essas possíveis chaves”, reitera Alencar.
“Outro destaque é para que as pessoas tenham muito cuidado com a facilidade de transferência para outros bancos, a atenção deve ser redobrada com cobranças, pedidos de transferências de “amigos” e qualquer outra transação que possa parecer suspeita. Sempre que você tiver dúvidas entre em contato com a pessoa que solicita para ter certeza. Uma ligação pode livrar você de um golpe”.
As modalidades antigas de transferências interbancárias, como o DOC e o TED, ainda permanecerão ativas. No caso da pessoa física, o serviço do Pix será gratuito e para a pessoa jurídica haverá um custo bem menor do quê o cobrado no DOC ou TED.