SEE não recuperou estrutura da escola após alagação
Com o prédio comprometido com a cheia do ano passado, a Escola Reinaldo Pereira da Silva no bairro Seis de Agosto será desativada. Desde o mês de janeiro estão trabalhando apenas três servidores administrativos, um da limpeza e o diretor.
O grupo, que se abriga em uma das salas, ficou apenas para preparar os documentos dos alunos que estão sendo transferidos para outras escolas.
As águas do rio acabaram com as salas de aula, os móveis, troféus, materiais esportivos e até o arquivo da escola. Numa das salas, nossa equipe encontrou vários violões, que estão em perfeito estado de uso, mas, como não houve zelo, com o que sobrou depois da alagação, estão jogados.
O diretor da escola, Antônio José Morais, disse que, por enquanto, o prédio não está abandonado. No horário da manhã, ainda ficam os servidores e o pessoal da limpeza. Outra escola, com o mesmo nome, está sendo construída no residencial Santo Afonso, e deve ficar pronta em junho.
O medo do diretor é quando ele tiver que sair do prédio, os vândalos podem levar o que sobrou da velha escola. “Quando a outra escola estiver pronta eu vou ter que sair e não sei o que será desse imóvel. A Secretaria de Estado de Educação já deveria ter tomado providências para enviar o material e equipamentos que sobraram para outras escolas”, relatou.
A escola ainda mantém a cozinha, as mesas onde era servida a merenda. As câmeras e sensores de segurança, ar condicionado e computadores ainda estão instalados. Nos banheiros, estão pias de mármore e em cima delas as roupas usadas pelos alunos da fanfarra nas apresentações da escola.
O diretor informou que já pediu à Secretaria de Estado de Educação que venha retirar os equipamentos, mas até agora ninguém apareceu. E com isso os vândalos já começaram a atacar. No último final de semana, o motor do ar condicionado da diretoria foi roubado. A escola Reinaldo Pereira comportava 400 alunos do Ensino Fundamental.