A estudante de jornalismo Vitória Maria escolheu uma forma diferente de celebrar seus 20 anos. Em vez de bares, restaurantes ou festas convencionais, a jovem decidiu comemorar no Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemoacre) unidade de coleta de sangue. A escolha carrega uma lembrança pessoal e dolorosa.
“Esse plano foi algo relacionado ao meu pai. Ele foi o meu principal objetivo. Meu pai foi a principal ponte disso tudo. Ele veio a falecer em 2018, vítima de leucemia. Precisou muito de sangue, precisou de um doador de medula. Quando a gente olha os dias de 2017 e 2018, já havia essa falta, e hoje, em 2025, ainda continua havendo”, contou Vitória.
O intuito é unir cada vez mais as pessoas, para que não sintam na pele o que ela sentiu quando perdeu o pai. “Vai fazer diferença na vida de alguém, de várias pessoas. Alguém que está na UPA, no hospital, precisando de sangue… é desesperador quando um familiar vê uma pessoa querida necessitando e não tendo o que precisa”, reforça a estudante.
A mãe da aniversariante, Antônia Souza, reforçou o apelo da filha. “Que você venha fazer essa doação e você também que está em casa, que você venha aqui no Hemoacre fazer essa doação, você vem salvar vidas”, aconselha.
A ação de Vitória motivou outras pessoas a participarem. Entre os doadores, um grupo de Vigilantes Patrimoniais marcou presença antes de um campeonato de futebol. Gileno Galvão, um dos integrantes, explicou a iniciativa:
“A gente tem uma equipe de futebol e vai participar de uma competição. Um dos integrantes, Luciano, junto com a Renata, que vai ser a musa, levantou a pauta da doação de sangue, aproveitando a campanha do Hemoacre, que solicitava a população para vir doar. Então, nos reunimos no grupo, formamos uma equipe de vigilantes e viemos fazer a doação, além de divulgar a ação para a nossa categoria. A vigilância patrimonial é uma categoria muito forte e, se unida, consegue alcançar um grande objetivo”, disse Gileno.
Matéria em vídeo produzida pelo repórter João Cardoso para TV Gazeta



