LÚCIO BRASIL
A Fundação Hospital Estadual do Acre, como é oficialmente chamada a Fundhacre, já não tem o cirurgião dentista Lúcio Brasil como superintendente. Ao próprio governador Gladson Cameli foi perguntado há duas terças-feiras: “Lúcio Brasil sai ou fica?”. Resposta: “Tudo depende de um relatório que deve ser entregue na quinta”. Duas semanas depois, vem a exoneração, comunicada pelo chefe do Gabinete Civil, José Ribamar.
RELATÓRIO
E que relatório era esse? Era uma espécie de “raio X” da gestão. Resumindo a história: é como se fosse um livro de “entrada” e “saída” de recursos. Há gastos que não ficaram claros. Na casa do milhão. São situações que não foram criadas por Lúcio Brasil, mas que a gestão dele não conseguiu dar respostas a contento. É o que está dito com a determinação do governador.
DE BOA INTENÇÃO…
Ninguém duvidava da boa intenção de Lúcio Brasil. Quem estava próximo a ele via a dedicação e o compromisso com que ele atuava. Mas isso, na gestão pública, não basta. Na verdade, o ideal é ter menos paixão e mais razão.
CENÁRIO
O pano de fundo da saída de Lúcio Brasil é um embate entre José Bestene e o Gabinete Civil do Governo do Acre. A saída de Lúcio Brasil, somada a outras exonerações e remanejamentos na Sesacre, praticamente isolam o deputado Bestene na relação com o Palácio Rio Branco.
“PREFIRO APOSTAR NOS PROFISSIONAIS DAQUI”
A coluna foi buscar ouvir o deputado José Bestene. Cuidadoso com as palavras, calculando o raciocínio, Bestene foi diplomático até o limite. “É uma decisão de governo e tem que ser respeitada. O governador fez uma opção”, esforçou-se Bestene, antes de ser instigado a revelar o real sentimento por trás da fala medida. “Eu não acredito [que a mudança dará certo]. Eu prefiro apostar nos profissionais daqui”.
TURMA DA MÔNICA
Ao jeito dela, a secretária de Estado de Saúde, Mônica Feres, vai fazendo os ajustes e adequações que julga adequados. A eficácia desses ajustes e adequações é, por enquanto, uma ficção. Não chegou na ponta de quem usa o sistema público de Saúde.
EDUCAÇÃO
A Educação era uma das poucas pastas do Estado que não tinha gerado notícia ruim. Pois gerou e foi “de com força”. Nesta terça-feira (20), na sede da SEE, foi necessário chamar a polícia para acalmar os ânimos de alunos, professores e direção da secretaria. Os alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) protestaram contra uma mudança que o Governo quer implementar: remanejar alunos e professores em “polos”. Isso significa que alunos de um bairro X, uma comunidade X vai ter que estudar em outra comunidade Y. em tempos de facção, isso é uma bomba.
MEDIADORES
Sem contar o fato de que a SEE está dando demonstrações inequívocas de falta de planejamento ao contratar mais professores provisórios quando ainda tinha efetivos formalmente prontos a assumir o cargo. Os mediadores (também provisórios) foram contratados em número além do necessário e agora estão sendo dispensados. Problemas. Problemas. Problemas.
E PARA COMPLETAR…
Sem contar que o secretário Mauro Cruz está tendo que se desviar de cada bote interno na SEE…!
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