Em entrevista ao programa Gazeta Entrevista nesta quinta-feira (10), o deputado federal Coronel Ulysses Freitas (União Brasil-AC) e o senador Márcio Bittar (UB-AC) comentaram temas ligados à segurança pública no Acre e no Brasil.
Em tom crítico, ambos fizeram ataques às gestões passadas, especialmente ao Partido dos Trabalhadores (PT), atribuindo à legenda a responsabilidade pela ascensão do crime organizado no estado. “Facções são herança do PT”, declarou o deputado Ulysses.
Para ele, o crime organizado ganhou espaço a partir da omissão de governos anteriores em enfrentar o avanço de grupos criminosos. “O crime organizado hoje começou lá com o PT, primeiro querendo maquiar, esconder que não estava vindo para o Acre. Não geraram emprego e renda, e muitos dos jovens e adolescentes que hoje estão no crime não têm oportunidade de trabalhar, de ter renda. O crime virou um negócio”, afirmou.
O senador Márcio Bittar também criticou políticas de humanização no sistema prisional e se posicionou contra a manutenção da audiência de custódia em casos de crimes graves. “Esse romantismo com bandido é uma doença da esquerda. Se o sujeito quer ter vida em família, que não mate, não estupre. É uma ofensa ao homem de bem, pobre, desempregado, que mesmo assim não comete crime”, afirmou.
O senador reforçou ainda o apoio ao projeto de lei de autoria de Ulysses, já aprovado na Câmara e em tramitação no Senado, que propõe mudanças na audiência de custódia. O texto prevê prisão preventiva automática em casos de reincidência, crimes hediondos, roubo e associação criminosa qualificada, além de determinar que os policiais responsáveis pelas prisões sejam ouvidos nos processos. “É uma contribuição concreta e objetiva de um deputado acreano”, ressaltou Bittar.
A proposta tem gerado debate entre juristas e entidades ligadas aos direitos humanos, que veem riscos de retrocesso no sistema de garantias legais.