O menino de oito anos ferido durante o brutal ataque que vitimou a mãe, Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, recebeu alta médica e já está em casa, segundo informações repassadas por familiares nesta quinta-feira (12). A criança, que é filho da vítima com o agressor, foi atingida por um golpe de terçado no rosto, mas o ferimento foi superficial e não comprometeu estruturas vitais.
Ele havia sido socorrido por moradores e levado inicialmente à unidade de saúde de Capixaba, sendo posteriormente transferido para atendimento especializado em Rio Branco. O ataque aconteceu na manhã da última quarta-feira (11), na zona rural de Capixaba, a cerca de 20 quilômetros da sede do município.
Auriscleia foi morta com golpes de terçado, supostamente desferidos pelo ex-marido, Natalino Santiago, que não aceitava o fim do relacionamento. O crime ocorreu na área externa de uma propriedade rural onde ela vivia com os dois filhos.

Segundo relatos de testemunhas e vizinhos, Auriscléia vivia sob constante ameaça. “A gente desconfiava que ele batia nela. Ela relatava das ameaças, que ele dizia que, se ela se separasse, mataria ela e o menino. Isso ela não falava sempre, mas a gente nunca imaginava que ele faria isso de verdade”, disse a irmã da vítima, Rita de Cássia. Rita também relembrou o amor incondicional da irmã pelo filho: “E que ela amava muito, muito mesmo o filho dela. É tanto que ela morreu pelo filho dela, morreu para salvar um.”
Após o crime, Natalino fugiu do local. A Polícia Civil segue em busca do suspeito, que foi visto pela última vez na manhã de quinta-feira (12) na região do Araxá, que fica entre os municípios de Capixaba e Xapuri. As buscas contam com apoio de equipes de diferentes municípios.
Natalino já era considerado foragido da Justiça, com um mandado de prisão em aberto por um homicídio anterior ocorrido em Senador Guiomard. A polícia reforça o apelo à população: qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito pode ser repassada anonimamente pelo número 181.

Canais de Ajuda
A denúncia e o rompimento do ciclo de violência são passos desafiadores, mas necessários, que demandam suporte de familiares, amigos e instituições especializadas. O acolhimento da vítima é essencial para romper o ciclo de violência e desvincular-se do agressor.
As vítimas podem procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) pelo telefone (68) 3221-4799 ou a delegacia mais próxima.
Também podem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, pelo Disque 180, ou com a Polícia Militar do Acre (PM-AC), pelo 190.
Outras opções incluem o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), no telefone (68) 99993-4701, a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), pelo número (68) 99605-0657, e a Casa Rosa Mulher, no (68) 3221-0826.



