Tião Viana assinou acordo de cooperação para tratar questão
O governador Tião Viana recebeu na tarde desta segunda-feira, 21, na Casa Civil, o embaixador boliviano no Brasil Jerjes Talvera e uma comitiva composta pelos reitores de algumas das maiores faculdades privadas da Bolívia. Acompanhado de deputados e o senador Aníbal Diniz, a conversa girou em torno de um maior apoio aos estudantes brasileiros de medicina na Bolívia, com o objetivo de maior celeridade na formação para que eles possam participar do programa Mais Médicos.
A grande questão é que para ingressar no Mais Médicos atualmente, o estudando brasileiro formado na Bolívia precisa da titulação de formando, mas esse título só é possível após o “exame de grado”, que acontece independente da faculdade de medicina e é o serviço obrigatório do recém graduado por três meses numa província boliviana. A resolução boliviana é válida a partir de 2011 e tem prejudicado brasileiros que se formaram, mas não fizeram o “exame de grado” e agora querem participar do Mais Médicos.
Segundo a secretária de saúde Suely Melo: “Temos um número considerável de médicos formados na Bolívia, nada mais natural que eles sejam aptos a trabalhar no Brasil tendo em vista que temos um programa dedicado a isso”. O embaixador boliviano Jerjes Talvera ressaltou que, “Há 25 mil brasileiros estudando medicina na Bolívia. É nosso objetivo encontrar uma maneira de que os dois países saiam beneficiados nessa situação”.
O governador Tião Viana assinou um acordo de cooperação para tratar a questão e levar ao Ministério da Saúde brasileiro e o Ministério da Educação boliviano, mas afirmou que se necessário marcará um encontro direto com as autoridades para tratar a questão. A deputada federal Perpétua Almeida, grande defensora dos estudantes de medicina na Bolívia, reforça que, “O Acre tem que aproveitar seus filhos que foram em busca desse sonho e fazer com que eles trabalhem para o nosso povo”.
O senador Aníbal Diniz também tem um histórico de luta pelos estudantes brasileiros no país vizinho e garantiu busca de apoio federal na questão. “Temos que lutar por isso, pois é uma maneira de suprimir a falta de médicos que temos no nosso estado e aproveitando os próprios acreanos que estudam medicina na Bolívia”, ressaltou.