Comando Local de Greve da Universidade Federal do Acre convocará uma nova assembleia para deliberar sobre o encerramento do movimento grevista, após Comando Nacional optar por acordo com o governo federal e saída coletiva da greve até 3 de julho, conforme anunciado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
A decisão ocorre após uma orientação nacional que apontou para a saída unificada da greve até o dia 3 de julho. Entretanto, cada instituição tem autonomia para decidir internamente. Em contraste com essa orientação, a última assembleia da Ufac optou pela manutenção da greve, motivada pela necessidade de assegurar melhores condições orçamentárias e pelo não cumprimento dos termos de compromisso locais pela administração superior, além de demandas ainda não atendidas.
A greve dos docentes, que começou em maio deste ano, reivindica reajuste salarial, além de abordar outras questões locais, como a falta de tratamento de esgoto do Restaurante Universitário da Ufac, cujos resíduos são despejados diretamente nos lagos. Em resposta aos questionamentos sobre a possibilidade de encerramento da greve na Ufac a presidente da Adufac, Letícia Mamed, comentou:
“Provavelmente, sim. O nosso Comando Local de Greve vai convocar uma nova assembleia para discutirmos o tema.” A decisão final, portanto, será tomada coletivamente pelos docentes em nova assembleia, onde se espera um debate sobre os próximos passos do movimento.
Outras universidades federais, como a Universidade Federal do Piauí, decidiram pela continuidade da greve, demonstrando a diversidade de perspectivas e estratégias adotadas pelo movimento docente em todo o país.
A expectativa é de que a nova assembleia da Ufac, agendada para os próximos dias, traga clareza sobre o desfecho da greve na instituição acreana, influenciando diretamente o calendário acadêmico e as negociações com a Administração.
“Apesar de insuficiente, o acordo é vitorioso em relação à proposta de 27 de maio e tentativa frustrada de ultimato do governo sobre o movimento paredista. Ganhos políticos da greve demarcam momento histórico do movimento” declarou em nota o Andes.