Greve já dura 15 dias em todo o país e causa transtorno
A Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) apresentou nesta sexta-feira (4) às lideranças sindicais dos bancários proposta global contendo reajuste salarial de 7,1%, que corrigirá salários e benefícios. Os pisos da convenção coletiva serão reajustados em 7,5%.
Segundo a nota da Fenaban, será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%. Dependendo do lucro do banco, por exemplo, a PLR de um caixa pode chegar a 3,5 salários.
A federação ressalta que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%.
Ela acrescenta que o momento atual exige cautela, pois a “economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda”.
Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,98 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 394,04 por mês, além da 13ª cesta neste mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95 por filho até 6 anos.
Os bancários aprovaram a paralisação por tempo indeterminado em assembleias realizadas em todo o país no dia 19 de setembro. A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.