Deputado endurece críticas e é cortejado pelo G8
O deputado federal Henrique Afonso (PV) oficializou em evento realizado na manhã desta sexta no auditório da Associação Comercial (Acisa) sua pré-candidatura ao governo do Acre em 2014.
O lançamento sacramentou o rompimento de um dos principais aliados do PT na Frente Popular, o PV, o endurecimento das críticas ao governo Tião Viana e o início do embate entre os partidos de oposição para terem os verdes em seus grupos.
A grande novidade foi a presença do deputado federal Gladson Cameli (PP), líder do chamado G8, o grupo de oito partidos de oposição que defendem candidatura única ao governo e ao Senado.
Depois de já ter mantido conversas com o pré-candidato Tião Bocalom (DEM), defensor de dois palanques oposicionistas, agora Henrique passará a ser cortejado por Cameli e outros membros do G8.
Partidos que compõem a Frente Popular do Acre (FPA) foram convidados, mas nenhum enviou representante, enquanto a oposição fez questão de receber o pré-candidato “de braços abertos”.
Expulso do PT em 2008 por suas convicções religiosas contrárias às bandeiras liberalizantes do antigo partido, Henrique Afonso se filiou ao PV para permanecer na Frente Popular. Em 2010 ensaiou candidatura ao Senado, mas teve que ceder para Edvaldo Magalhães (PCdoB).
Em 2012 chegou a ser pré-candidato a prefeito de Rio Branco, mas desistindo em seguida, o que deixou a militância verde frustrada. Ele, porém, concorreu à prefeitura de Cruzeiro do Sul, mas perdeu para o reeleito Vagner Sales (PMDB). Desta vez o parlamentar verde promete não haver retorno em sua decisão de colocar a legenda numa disputa majoritária.
Este rompimento pode ser percebido em suas duras críticas feitas ao Palácio Rio Branco. “A Frente Popular perdeu o foco da sustentabilidade, o nosso conceito também de relações democráticas foi perdido. A garantia da independência dos movimentos sociais e dos poderes não existe mais; a Frente Popular estagnou e perdeu-se na história”, afirmou ele.
Quanto às conversas que mantém com Tião Bocalom e o senador Sérgio Petecão (PSD), Henrique Afonso disse que elas são parte do processo natural de busca de apoios para a construção da candidatura, ressaltando que diálogos serão mantidos com outros partidos, lideranças e movimentos sociais.