O corpo de José Maurício da Silva Roque, de 29 anos, foi encontrado em uma área de mata nas proximidades do cemitério Cruz Milagrosa, na região da Transacreana Na tarde de segunda-feira (11). O Instituto Médico Legal (IML) chegou ao local logo após acionamento pela Polícia Militar, que já estava presente, junto à equipe de pronto-emprego da Polícia Civil e à perícia.
José Maurício teria sido capturado por membros de uma facção criminosa após supostamente roubar uma residência na região do Calafate. A família relatou que, temendo represálias, ele teria fugido para o bairro Mocinha Magalhães, onde foi sequestrado no último sábado (9). Durante o fim de semana, os familiares teriam recebido vídeos perturbadores que mostravam José Maurício amarrado e sendo torturado.
O corpo foi localizado por um homem que passava pela região e identificou os sinais de violência. Segundo familiares, José Maurício era usuário de drogas, mas, mesmo assim, consideraram a tortura sofrida desnecessária e desumana. Informações preliminares indicam que ele foi espancado com galhos espinhosos antes de ser morto e abandonado na área de mata.
A perícia identificou múltiplas lesões no corpo, incluindo ferimentos de munição na região abdominal, no tórax e na parte posterior da cabeça. Em entrevista, o perito Everton afirmou que o estado avançado de decomposição sugere que o homicídio ocorreu no sábado, dia do desaparecimento de José Maurício. “Provavelmente, ele foi morto no sábado, dado o estado de decomposição”, relatou.
O capitão Januário, da Polícia Militar, confirmou que o desaparecimento de José Maurício foi reportado pela família ainda no sábado. A polícia buscou rastrear um veículo apontado como envolvido no sequestro, mas não obteve êxito. “As guarnições ficaram atentas às características do veículo repassado, mas infelizmente não lograram êxito em localizá-lo. Hoje, no entanto, recebemos a informação sobre a localização do corpo”, afirmou o capitão.
O caso está agora sob investigação da Polícia Civil, que utilizará os vídeos e áudios enviados pela família para identificar os autores do crime. Essas evidências, incluindo registros compartilhados pela família e pela Polícia Militar, serão fundamentais para acelerar o processo investigativo.



