Você deve ter visto que, na noite de ontem, a Câmara aprovou a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, certo? Mas você entendeu exatamente como isso vai funcionar? Não? Então vem comigo que eu te explico!

Se a proposta for aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Lula, ela vai beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros, especialmente aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês. Isso significa que quem está nessa faixa salarial não precisará mais pagar Imposto de Renda a partir de janeiro de 2026.
Na prática, a medida deve representar um ganho significativo no bolso de quem recebe até esse valor.
É importante lembrar que já existe uma isenção para quem recebe até dois salários-mínimos, e para essas pessoas que já estavam isentas, nada muda. Porém, para quem ganha entre R$ 3.036 e R$ 5.000 verá a economia ser total, ou seja, a alíquota será zerada. Isso afeta diretamente 10 milhões de brasileiros, segundo o governo federal.
Mas quanto isso significa, na prática?
Vamos a um exemplo: quem recebe R$ 5 mil por mês deve ter uma economia de até R$ 312,89 mensais. Em um ano, considerando o 13º salário, a economia pode chegar a R$ 4.067.
Percentualmente, isso corresponderia a 81% de um salário mensal, que pode e deve ser gasto de outra forma. É como se o imposto “voltasse” em um 14º salário.
O projeto aprovado pela Câmara também prevê uma mudança na forma de cobrança do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 7.350, com desconto progressivo para rendas superiores a R$ 5.001.
Isso também beneficiará esse público, embora de maneira mais gradual, a economia não será total, mas existirá.
Claro que, para que o governo continue investindo, a isenção precisa ser compensada de alguma forma. A proposta sugere que a nova tributação recaia sobre lucros e dividendos, que atualmente são isentos de Imposto de Renda.
No entanto, quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continuará sujeito à tabela progressiva do IR, com alíquotas de até 27,5%.
Em resumo, se você é um cidadão brasileiro médio, existem três possibilidades:
- Já era isento (recebia até R$ 3.036): nada muda.
- Não era isento e ganhava até R$ 5.000: grande economia, pois se torna isento.
- Não era isento e recebia entre R$ 5.000 e R$ 7.350: recebe um desconto progressivo.




