Pedido de passagem na Avenida Ceará teria irritado o agente
Na internet, Diego Felipe da Silva relatou um episódio que jamais vai esquecer. No último sábado, 28, o jovem transitava de carro pela avenida Ceará, uma das vias mais movimentadas de Rio Branco.
Ele seguia pela faixa da esquerda e começou a pedir passagem para o motociclista que estava à frente. Diego indicou luz alta algumas vezes e até buzinou, mas não teve as solicitações atendidas.
Quando eles pararam em um semáforo, o homem desceu da motocicleta mostrou que estava armado e fez ameaças. “Antes de ir embora, ele perguntou: você não tem medo de tomar um tiro na cara?”, relata.
Mesmo assustado, Diego conseguiu anotar as características e também a placa da motocicleta. Ele procurou a delegacia da 1ª regional da polícia civil para registrar boletim de ocorrência. No local, o estudante se deparou com o autor das ameaças.
O homem se identificou como Francisco Gilson Bento, um policial civil. O jovem tentou um acordo, mas sem sucesso. A conversa ficou tensa. “Quase fui agredido. Teve uma hora que ele falou que toda vez que puxou uma arma foi para atirar e matar. E se tivesse puxado para mim, tinha atirado”, conta.
Ainda mais assustado com a situação, Diego Felipe foi embora sem registrar o boletim de ocorrência. Antes de sair do local, o estudante de direito recebeu o seguinte recado: “você tem que ir a corregedoria não é aqui não.”
E foi justamente o que ele fez. Na manhã desta segunda-feira, 30, um procedimento administrativo já está aberto e caso comprovada às denúncias, o agente pode ser julgado pelos crimes de injúria e ameaça.
Segundo o corregedor-geral, o policial ainda vai ser ouvido, mas disse que este tipo de comportamento é reprovado pela instituição. “Toda irregularidade que qualquer pessoa tenha conhecimento e que seja atribuída a polícia civil deve procurar a corregedoria para as devidas apurações”, disse Carlos Flávio Portela.