A Justiça do Acre acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPAC) contra Camila Arruda Braz, de 37 anos, acusada de assassinar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, a golpes de faca. O juiz Fábio Alexandre Costa de Farias, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco, foi o responsável por acatar a acusação, transformando Camila em ré no processo criminal.
O crime aconteceu no dia 3 de junho, no Conjunto Tucumã, em Rio Branco. Segundo o inquérito policial e os relatos iniciais da família e de testemunhas, Camila teria premeditado o crime ao trancar portas e janelas da residência, impedindo qualquer tentativa de fuga da vítima. Na sequência, ela teria desferido cerca de 37 golpes de faca em Ramon, dos quais 12 atingiram diretamente a região do tórax, provocando sua morte imediata.
A brutalidade do caso chocou a população local e ganhou destaque nos noticiários. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas apenas pôde constatar o óbito da vítima. O Instituto Médico Legal (IML) e a perícia estiveram no local para os procedimentos legais.
Agora, com o recebimento da denúncia, Camila passa à condição de ré e deverá responder por homicídio qualificado. O Ministério Público sustenta que o crime foi cometido mediante emboscada, traição ou dissimulação, reforçando a tese de que houve premeditação por parte da acusada.
A defesa de Camila tem o prazo de 10 dias para apresentar resposta à acusação. Além disso, o juiz determinou que sejam incluídos nos autos os laudos médicos e psicológicos da acusada, com base em exames e acompanhamentos realizados no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), a fim de avaliar sua condição no momento do crime.
Com informações do programa Balanço Geral Acre, da TV Gazeta.