O ex-sargento da Polícia Militar do Acre, Erisson Nery, será julgado nesta sexta-feira (22) pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Rio Branco. Ele é acusado de matar o adolescente Fernando de Jesus, de 13 anos, em 2017. O caso envolve suspeitas de manipulação da cena do crime, agravando a situação do réu.
Na época, o jovem teria invadido a casa de Nery para furtar objetos. Segundo a denúncia, o ex-policial disparou seis vezes contra o garoto e, após a morte, tentou alterar evidências com a ajuda de outro policial, Ítalo de Souza Cordeiro.
De acordo com o Ministério Público, os acusados colocaram uma arma na mão do adolescente e tiraram fotos para simular um confronto. Contudo, a perícia revelou inconsistências: a arma foi encontrada a 13 centímetros de onde teria sido posicionada originalmente, indicando manipulação. Além disso, o local do crime e o corpo da vítima foram lavados para eliminar vestígios de sangue, configurando tentativa de obstrução da justiça.
Nery alegou legítima defesa, mas a acusação sustenta que a ação foi desproporcional e que o adolescente não representava ameaça letal. Além disso, o uso excessivo de força e a tentativa de alterar provas são elementos que evidenciam o abuso de poder.
Histórico de polêmicas
Este não é o único caso que marca a trajetória do ex-sargento. Em 2019, ele foi preso em Brasileia após atirar contra um estudante de medicina durante uma briga. O incidente levou à sua expulsão da Polícia Militar.
Agora, Nery enfrenta mais uma vez a Justiça, com uma acusação que levanta questões sobre a conduta e os limites da atuação policial. O julgamento será acompanhado de perto, dada a gravidade dos fatos e o impacto que o caso gerou.
Com informações do repórter Adailson Oliveira para TV Gazeta



