SEU CABELO, SUAS REGRAS
Em junho de 2019 decidi eliminar a química do cabelo. Não é um processo fácil. Confesso que pensei em desistir por diversas vezes, mas com persistência, cheguei aos fios 100% naturais. Sem redução de fios, sem tinta e muita tesoura envolvida. No auge da transição cortei o cabelo no estilo Joãozinho.
Obviamente que, no meu caso, uma parte desses fios já estão brancos. Mas os brancos não me incomodam.
Talvez porque tenha sido abençoada pela genética do meu avô Sebastião Gomes de Menezes (Sabá Jovino), que nos deixou uma vasta cabeleira negra. Minha mãe, por exemplo, mesmo pertíssimo dos 70 (se ela ler isso me mata), continua com vários cabelos negros como a asa da graúna.
Voltando aos cabelos, na pandemia descobri como um movimento que sou fã, o das mulheres que assumem seus grisalhos com orgulho e naturalidade, tomou força na internet. Muitas, claro, por força da falta de salões em funcionamento, outras para viver essa experiência do cabelo natural. E há, ainda, aquelas que estão só na fase da modinha e já já usarão tinta de novo. Faz parte do processo.
Nessa pegada de deixar o cabelo sem tinta e qualquer tipo de química (incluindo a redução do frizz), descobri que na chegada dos 50 os meus decidiram dar uma encaracola. Foi estranho. Bem estranho, mas estou me acostumando. Também descobri a necessidade de novos produtos para o uso cotidiano, inclusive pentes e escovas.
Nesse caminho de novas descobertas, a Jackie Pinheiro, colega aqui do site (https://nk7-testes.com.br/entretenimento/jackie-pinheiro/itemlist/), me apresentou a linha Juventude dos Fios de O Boticário. Sério, a linha é muito, muto boa, e faz diferença. Estou encantada com os resultados. Porque a alteração de cor nos fios é comum devido a ação do tempo e de agentes externos e ter uma boa nutrição e hidratação é fundamental. Vale a pena!
O cabelo é um dos principais ornamentos da estética feminina e diz muito de cada uma de nós. Natural, grisalho, loiríssimo, ruivo, verde, azul, o que importa é fazer bem a quem usa. Por enquanto estou gostando da naturalidade, embora minha cabecinha hoje seja metade bozo, metade antibozo. Ou seja, uma rebeldia que não acaba nem fica pouco e que briga a cada segundo pelo direito de bagunçar os fios.
Acordar com esses rebeldes sem coisa é uma coisa difícil de olhar no espelho. Mas me acostumei e sinto firmo na proposta de ver no que vai dar. Tem gente que acha estranho, tem gente que elogia, tem gente que me manda ir ao salão, mas tô de bouas. Os cabelos são meus e parafraseando minha “ídala” Shonda Rhimes, meu cabelo, minhas regras.
P.S – Vou dar uma alterada na coluna. Mesclar um pouco de crônicas e informações diversas sobre essa fase da vida a partir dos 50. Espero estar com o projeto concluído até o final do mês. Vou adequando aqui com vocês.
Carinhos meus,
Charlene