Um incêndio de grandes proporções atingiu um centro automotivo localizado no bairro da ABB, em Cruzeiro do Sul, no início da tarde desta terça-feira (8). As chamas, que rapidamente se alastraram pelo imóvel especializado em troca de óleo e manutenção de motores, também alcançaram a concessionária da Fiat Comalto, instalada ao lado.
A intensidade das chamas gerou uma enorme quantidade de fumaça preta, visível a quilômetros de distância, o que causou preocupação entre moradores e trabalhadores da região. Apesar da gravidade da situação, ninguém ficou gravemente ferido. No entanto, ao menos 12 pessoas precisaram de atendimento médico após inalar a fumaça tóxica, entre elas um militar do Corpo de Bombeiros e um civil que foram encaminhados ao Hospital do Juruá para uma avaliação mais detalhada.
O comandante do Corpo de Bombeiros no município, capitão Josadaque Cavalcanti, destacou a complexidade do combate às chamas: “Empregamos 41 militares, além de cerca de 40 pessoas de outras instituições, públicas e privadas, que atuaram no apoio. Foram usados mais de 100 mil litros de água, com oito caminhões-pipa e duas viaturas de combate. O incêndio atingiu pneus, óleo, materiais altamente combustíveis, o que dificultou muito o controle”, explicou o comandante.
Ainda segundo ele, apesar da rápida propagação do fogo, parte dos veículos no interior dos estabelecimentos pôde ser retirada a tempo. Outros acabaram danificados, mas os bombeiros conseguiram impedir que o fogo atingisse casas vizinhas.
O médico do SAMU que participou da operação informou que foram acionadas duas ambulâncias básicas e uma unidade de suporte avançado para prestar atendimento no local. “Foram 12 pacientes ao todo, dois deles — um bombeiro e um civil — encaminhados para o hospital por terem inalado uma grande quantidade de fumaça”, informou.
As perdas materiais são consideradas incalculáveis, tanto na estrutura dos prédios quanto nos veículos e equipamentos atingidos. A área foi isolada e equipes permanecem monitorando possíveis novos focos. A perícia deve investigar as causas do incêndio.
Com informações dos repórteres Débora Ribeiro e Glédson Albano