Familiares de detentos emitiram nota de repúdio contra o Iapen
A Promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público escreveu um ofício para a Promotoria Especializada da Atividade Policial para apurar uma ação de revista em cela ocorrida no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde.
No dia 19 de agosto, policiais penais realizaram uma inspeção de rotina do pavilhão J do presídio e removeram das celas alguns pertences dos detentos, como: colchonetes; ventiladores; bíblias e roupas.
Quando os familiares dos detentos tomaram conhecimento do ocorrido, eles confeccionaram e divulgaram uma nota de repúdio contra o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), e também procuraram o promotor de justiça, Tales Tranin.
“Cada reeducando tem direito a um colchão e um ventilador e uma quantidade de peças de roupas, eu determinei o retorno desses objetos, que foram devolvidos… Alguns dias depois voltei no pavilhão e me falaram que aquilo foi devolvido, mas que já tinha sido tirado outras”, explica o promotor, Tales Tranin.
O ofício entregue para a Promotoria Especializada da Atividade Policial poderá acarretar em uma investigação para analisar se houve abuso de autoridade cometido por algum policial penal.
Já o Iapen justifica que a retirada dos objetos se deu por conta do acúmulo de materiais deixados por detentos que não ocupavam mais as celas. O presidente do órgão, Arlenilson Cunha, ainda informou que esse era o objetivo da inspeção.
“É importante esclarecer que muitas vezes alguns apenados que saem de alvará de soltura e esses materiais muitas vezes ficam nas celas e acumulando um grande número de materiais… “Qualquer familiar que teve os seus itens confiscados, procure a sede do Iapen para apresentar os comprovantes e aí vamos identificar e devolver”, explica o presidente do Iapen, Arlenilson Cunha.
Com informações da repórter Aline Rocha (Foto: TV Gazeta)