O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), realiza, em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), a Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), o Via Verde Shopping e a Organização em Centros de Atendimento (OCA), a iniciativa “O feminicídio é evitável”, em alusão ao Agosto Lilás.
A iniciativa consiste em apresentar à sociedade acreana a história de mulheres que poderiam estar vivas, mas foram vítimas de feminicídio. A população poderá conferir a ação a partir desta quarta-feira, 27 de agosto, e ficará disponível até 27 de setembro de 2025, no Via Verde Shopping e na OCA, durante o horário de funcionamento desses locais.
O objetivo é relembrar trajetórias de mulheres que tiveram suas vidas interrompidas por seus parceiros e mostrar como esse crime pode ser evitado. A iniciativa visa dar visibilidade à gravidade da violência doméstica e familiar contra a mulher, reunindo histórias reais de vítimas de feminicídio no Acre, extraídas da Revista Realidades, do MPAC.
O público poderá conhecer relatos que destacam não apenas os crimes que resultaram na morte dessas mulheres, mas também suas histórias de vida e o impacto deixado em suas famílias e comunidades.
Segundo a coordenadora-geral do CAV, procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo, as vítimas de feminicídio, em regra, são invisibilizadas, inclusive na persecução penal, pois os processos trazem poucas informações sobre elas.
“Elas tiveram suas vidas interrompidas, sua voz silenciada, mas eram mulheres que tinham uma história de vida, família, sonhos e toda uma trajetória pela frente. A ideia é mostrar quem são essas mulheres como forma de reparação da visibilidade para elas, para essa violência terrível que sofreram e também chamar a atenção para a importância do combate a esse crime que é evitável, porque todas poderiam estar vivas se tivessem tido apoio para denunciar a violência, a proteção do sistema de segurança e justiça e uma rede de serviços e assistência que possibilitasse a saída da relação abusiva”, destacou.



