A audiência pública foi realizada na manhã desta quarta-feira (06)
Na manhã desta quarta-feira,06, profissionais de odontologia, biomedicina e saúde coletiva e representantes dessas respectivas categorias, participaram de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para discutir o quantitativo de vagas disponilizadas pelo edital do concurso público da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), publicado no dia 27 de junho desse ano.
De acordo com a representante da Categoria dos Cirurgiões-Dentistas no Acre, Anna Caroline Mesquita, foram apenas quatro vagas para os odontólogos, porém nenhuma para a capital acreana. “Dessas quatros vagas, nenhuma foi para Rio Branco, tudo é para o interior: Porto Walter, Feijó e Plácido de Castro. Nós estamos reividicando uma parte das 19 vagas para Rio Branco também”, explica.

Ela reitera que essas 19 vagas são para todo o Estado do Acre. “A Sesacre fez um estudo e observou aonde estava precisando e qual era necessidade de cada estado e deu um total de 19 cirurgiões-dentistas pra suprir essa necessidade, pois muitos aposentaram, muitos faleceram. No caso do edital, só saiu quatro vagas”, afirma Mesquita.
Já para os biomédicos, a situação ainda é mais complicada, enquanto os cirurgiões-dentistas estão com apenas quatro vagas para o interior, esses profissionais não obtiveram nenhuma vaga no edital.

“Sempre dizem que é porque não há necessidade, porém existem 62 contratos emergenciais que encerrarão em dezembro, e então ou renovam todos, ou o certo era, ter vagas neste concurso pra ocupar essas vagas que, hoje, são ocupadas por emergenciais”, explica Raphael Pereira dos Santos,integrante da comissão representante dos Biomédicos.
O profissional também expressou sua revolta mediante a essa situação. “So o que passa na minha cabeça é isso, gastar dinheiro com pré-concurso, pra sair um edital sem vagas, é como se a Sesacre olhasse pra a nossa classe e dissesse: pra quê biomédico?”, diz Santos.

Resultado da audiência pública
De acordo com a profissional Anna Caroline, o edital será retificado. “Eles irão corrigir a questão do número de vagas e colocar o número da vacância, e que iriam fazer uma correção também com relação aos biomédicos e farmacêuticos, só que não é por uma questão de vacância, mas para deixar aberta o cadastro de reserva. Dessa forma, o edital será retificado”, concluiu a odontóloga.
Caso não sejam tomadas essas decisões, o biomédico Raphael Pereira, explica o que pode ocorrer. “No caso de uma negativa, manifestações e buscar mais audiências públicas”, concluiu.