A última medição realizada pela Defesa Civil de Rio Branco, às 15h, mostra que o Rio Acre chegou à marca de 17,34 metros na capital acreana. Com o crescente aumento no número, estima-se que mais de 60 mil pessoas já estão afetadas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, existe a possibilidade da enchente esse ano ser pior do que a de 2023, porém o órgão está otimista. Apesar disso, é previsto que o Rio chegue a 18 metros.
“Existe a possibilidade de ser pior, mas nós estamos otimistas porque as enxurradas não foram tão graves, mas, em relação ao próprio Rio Acre, pode ser pior. Existe a possibilidade de chegar em 18 metros, porque nós já estamos aqui com 17,30 e está faltando apenas 70 centímetros para 18”, explica Falcão.
O que preocupa a Defesa Civil da capital é a vinda da água da região do Alto Acre. Em Brasiléia, por exemplo, a água comçou a baixar, o que significa que a vazante de lá chega em Rio Branco nos próximos dias.
“Teremos mais água de Brasiléia. Por quê? Porque em Assis Brasil está aumentando, essa água vai passar por Brasiléia e vai chegar aqui. Mesmo antes disso, tem Xapuri Capixaba. Fora o Riozinho do Rôla, que agrava todo o cenário”, detalha o coordenador.
Acolhimento
Atualmente, a Prefeitura de Rio Branco tem 11 abrigos disponíveis para receber a população afetada pela enchente. Dentre os abrigos, está o Parque de Exposições Wildy Viana. A última atualização mostra que 610 famílias estão abrigadas, o que totaliza 2.431 pessoas.
Falcão conta que o trabalho da Defesa Civil está com uma demanda muito grande, mas que tentam prestar todo o apoi possível à população afetada pela águas.
“A Defesa Civil está prestando todo o apoio. É um trabalho hercúleo. Agora, a demanda é muito grande. E também nós não fazemos críticas nenhuma as pessoas que têm reclamações, porque nós não conseguimos chegar em todos os lugares ao mesmo tempo. Mas o trabalho está enorme”.
Recomendação
Quarta-feira (28), o corpo do jovem Elias Lima, de 20 anos, foi localizado nas águas do Igarapé São Francisco, situado na região do bairro Conquista, em Rio Branco. Ele havia desaparecido no domingo (25). Nesta sexta (1), mais uma pessoa foi vitimada pelas águas.
Sobre isso, o chefe de Defesa Civil deixa recomendações à população rio-branquense e afirma que não deve se colocar em mais perigos do que já tem.
“Nós não precisamos nos expor a perigos além dos que nós já temos. Eu deixo aqui a dica e segurança não se jogue de igarapés, não se jogue de ponte, não atravessa locais alagados, tenha cuidado na sua casa. Não se exponha ao perigo, não fica transitando e nem se jogando nos rios, e próximo de locais onde permanece energia elétrica ligada, que pode ter choque elétrico e causar um um acidente fatal”.