Sargento Raimunda Alencar comanda guarnição do Bope
Em ambientes que antes eram taxados exclusivamente como masculinos, hoje em dia, a mulher consegue fazer parte desse espaço. A sargento Raimunda Alencar é um exemplo disso. Ela faz parte do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Acre. Prestou concurso em 2001, foi convocada em 2002 e em 2003 já estava cursando o estágio para atuar nas ruas em prol da sociedade.
“É bem desafiador, em um contexto desses, mas é bem gratificante também. A gente aprende muito, cresce muito. Cada dia é um desafio, mas eu sou uma pessoa que gosta muito disso e me encontrei aqui”, disse.
A sargento já enfrentou muitas provações por ser uma mulher em um território de domínio masculino, mas garante que o preconceito não foi forte o suficiente para tirar ela do sério e nem do jogo. A dificuldade física, pode até ser uma pequena desvantagem, mas ainda assim, ela se garante nas operações.
“Quando você está em universo desse que você mostra realmente que quer, mostra realmente a que veio, os próprios policiais homens vão estar ombro a ombro com você”, explica.
A comandante passou três anos na força nacional e atualmente comanda uma guarnição com quatro homens e acredita que ainda tem espaço para muitas outras mulheres por aqui.
“Digo para as outras meninas que estão entrando agora que se especialize. A importância de oferecer para a sociedade um melhor serviço, que os cursos operacionais dão essa bagagem, dão essa estrutura para a gente combater o crime para estar mais preparada para servir a sociedade”, finaliza.