GEHLEN DINIZ
Não poderia haver factoide mais inadequado para o Gabinete Civil do Governo do Acre que este criado pelo deputado estadual Gehlen Diniz (PP). O anúncio da saída da liderança do Governo na Aleac foi uma cartada mal calculada e expôs (mais uma vez) a fragilidade do governador Gladson Cameli na articulação política.
GEHLEN DINIZ II
O que se tem de fato? Vamos lá: a base do Governo do Acre na Assembleia Legislativa é o que se chama no jargão política de “base difusa”. Não há coesão. Não há unidade de ação; não há unidade na retórica; não há coerência nos gestos de quem diz apoiar o governo. É cada um por si e o Gabinete Civil contra todos. E parlamentar que só raciocina o seu mandato sem pensar em projeto de governo só tem um foco na relação com o Palácio Rio Branco: cargos.
CARGOS
E onde entra Gehlen Diniz nessa discussão? O que parlamentares da base afirmam (assim como fontes ligadas ao Governo) é que o líder do Gehlen Diniz estabeleceu uma relação “mais próxima” com Ribamar Trindade, chefe do Gabinete Civil. Está mais “contemplado” que os pares no parlamento. Para se fortalecer internamente no parlamento, jogou charme ao afirmar que abriria mão da função, alegando que teria que se dedicar à campanha para prefeito de Sena Madureira. Esse raciocínio foi dito primeiramente ao site AC24Horas.
PERDENDO O RESPEITO
É justamente essa postura do deputado Gehlen Diniz… esse “charme” que demonstra a fragilidade de Gladson na arena política: perdeu-se o temor pelo governante. Cada um joga de acordo com os seus interesses sem medir consequências. Saída ou permanência de líder de um Governo no parlamento é algo que tem que passar por uma régua de quem governa. É uma decisão de Governo. Não é do capricho parlamentar.
CAI LUCAS
Saída de Lucas Bolzone da direção do Iapen já era crônica anunciada. A gota d’água foi a fuga em massa de 26 presos do presídio Francisco de Oliveira Conde. Não foi fruto de pressão de A, B ou C. Lucas tropeçou em suas próprias canelas e nas pernas de um governo sem rumo na área de Segurança.