As declarações da comunista destoam das feitas por membros do PT
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) saiu nesta sexta, no Gazeta Entrevista, em defesa das desembargadoras Maria Cezarinete Angelim e Denise Castelo Bonfim, ambas alvos de duras críticas por parte de membros do governo em virtude de suas atuações no processo da operação G7. As declarações da comunista destoam das feitas por membros do PT.
Em evento público no início de junho, o senador Anibal Diniz (PT) classificou as magistradas como “amarguradas” e “mal resolvidas”. Para Perpétua, “não se desrespeita a história de mulheres de luta”, ressaltando a contribuição delas para o fortalecimento do Tribunal de Justiça do Acre.
“Nossas mulheres do Tribunal de Justiça estão apenas cumprindo as suas funções, se alguém se sente contrariado há os devidos meios legais para a contestação, não partindo para ataques pessoais”, disse a deputada, e virtual adversária de Anibal em disputa pelo Senado em 2014.
Perpétua Almeida lembrou que o Acre tem uma história de pioneirismo protagonizada pelas mulheres. Ela cita que a primeira presidente de uma Corte de Justiça no Brasil ocorreu no Acre. A primeira governadora do país, Yolanda Fleming, também foi em terras acreanas, além da primeira senadora negra, Laélia Alcântara.
Numa crítica ao seu grupo político, a Frente Popular do Acre, ela afirma que a FPA não consegue ter a democracia interna. Esta é uma referência à hegemonia do PT na disputa pelos cargos majoritários. Em 2012 a comunista travou embate com os petistas para ser a candidata a prefeita de Rio Branco, sendo vencida por Marcus Alexandre.
A parlamentar sabe que enfrentará outro embate no próximo ano com seu projeto e do PCdoB de disputar o Senado, tentando ser a candidata única pelo bloco governista. Sobre as manifestações populares, a deputada destacou que este é um momento de reflexão por parte dos políticos brasileiros. “Vamos ouvir o que o povo está dizendo.”