O corpo de Minervina Gomes da Silva, de 32 anos, foi encontrado em um terreno baldio na região do Papoco, na noite de quinta-feira (7), em Rio Branco. Minervina, que estava em situação de rua, foi localizada em uma estrutura improvisada de madeira. Informações iniciais indicam que Minervina havia fugido do hospital no dia anterior, onde estava em tratamento de saúde. Ela enfrentava problemas de saúde relacionados ao uso de drogas.
Daniane Gomes da Silva, irmã de Minervina, falou com a reportagem, emocionada, e descreveu a trajetória da irmã, desde uma vida normal até o envolvimento com drogas, que a afastou da família. “Ela era uma pessoa muito boa, maravilhosa”, relembra Daniane. “Uma menina de ouro, que acabou levada para esse mundo das drogas e pelas má companhias e nunca conseguiu sair de lá.”
De acordo com Daniane, a família tentou inúmeras vezes resgatar Minervina, oferecendo suporte e incentivando o tratamento. “A gente pediu muito, levamos ela várias vezes para se tratar, mas as amizades a puxavam de volta”, contou. Daniane admite que, com o tempo, a família se esgotou emocionalmente: “Chega um tempo que a gente também se cansa de procurar, pedir, orar”
O choque pela notícia do falecimento de Minervina foi profundo, relatou Daniane. “Embora ela estivesse nessa situação, era minha irmã, meu sangue”, disse, ressaltando o impacto na família. Ela lamenta que o retorno ao convívio com a irmã tenha sido interrompido de forma tão trágica: “Eu ia voltar a ir atrás dela, orar por ela. A gente sempre orava, pedindo que ela se reconciliasse com Deus. Ela era da igreja, tinha uma família, uma vida.”
Daniane deixou um forte alerta para quem considera experimentar drogas, especialmente jovens e adultos que acreditam no controle sobre o vício. “Não vá, porque não consegue sair. A carne faz o que quer com você”, disse.
O caso de Minervina acende uma reflexão sobre as realidades duras enfrentadas por pessoas em situação de rua e dependentes químicos, e sobre o papel das políticas públicas e da sociedade em amparar essas populações vulneráveis.
Com informações da repórter Rose Lima para TV Gazeta