A decisão teria sido tomada depois que oito entidades ingressaram com um pedido para inviabilizar a lei
As categorias de enfermagem, técnico e auxiliar se mobilizam em todo o país para realizar, nesta sexta-feira,09, um movimento em favor da manutenção do piso salarial, após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, ter suspendido a lei que aprovava o piso de R$ 4.750, mesmo ela tendo sido aprovada pelo congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Esse foi o valor foi publicado no Diário Oficial da União. A lei ainda dispõe que os técnicos passem a receber 70% desse valor, e os auxiliares e parteiras 50%.
A decisão teria sido tomada depois que oito entidades ingressaram com um pedido para inviabilizar a lei. O motivo seria a falta de uma fonte de recursos para a manutenção dos novos salários. No Acre, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre (SEEAC), assim como toda a categoria, foi surpreendido com a notícia e não ficou nada satisfeito com a postura do ministro.
“Muito triste, revoltante, já chorei e briguei muito. Nós vamos continuar na luta, não será fácil para nós, pois sempre foi difícil para enfermagem. Nós sabemos que vamos conseguir, pois Deus fará justiça. Essa luta não é só nossa, é de uma população, SUS, que a gente precisa ser reconhecida”, explica a presidente do SEEAC, Alesta Costa.
Em resposta ao posicionamento do ministro Roberto Barroso, as categorias de enfermagem, técnico e auxiliar já se mobilizam em todo o país para realizar, um movimento em favor da manutenção do piso.
“É muito revoltante, por isso nós vamos estar fazendo o nosso movimento dia 09. Um movimento nacional, pois não dá aceitar uma decisão monocrática do Supremo que ganha rios de dinheiro e nós que cuidamos de vida, ganhamos um salário mínimo pra cuidar de vidas”, acrescenta Costa.
Em um primeiro momento, a mobilização será apenas para a categoria se manifestar de forma contrária a decisão do ministro. Mas os sindicatos não desconsideram a possibilidade de uma paralisação caso o valor no piso não seja mantido.
“Nós vamos fazer um movimento dia 09 que vai ser nacional e dia 12 tem o Encontro de toda Enfermagem Brasileira em Fortaleza e com certeza se não tiver revertência nisso, nós vamos fazer uma greve geral”, finaliza presidente.
Com informações de Débora Ribeiro para TV Gazeta