A greve dos trabalhadores da educação de Rio Branco, que iniciou nesta última quarta-feira (7) e foi a principal pauta dos embates da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (13), continua sem previsão de encerramento. O movimento, tem como principal reivindicação a reversão da redução na referência orçamentária, que, segundo os grevistas, foi imposta pelo governo estadual em 2021.
Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Acre (Sinteac), destacou que a greve está ganhando força em todo o estado, com municípios aderindo 100% ao movimento. “Nossa greve está muito boa, está crescendo. Municípios que estão aderindo à greve, 100%. Aqui em Rio Branco está crescendo, hoje o movimento foi bem maior”, afirmou.
O objetivo central das reivindicações é o retorno dos 10% da referência orçamentária que foi reduzida para 7%, causando, de acordo com o sindicato, um achatamento na carreira dos profissionais da educação. As perdas salariais variam entre R$ 500 e R$ 2 mil, dependendo da posição de cada trabalhador.
Apesar de uma manifestação significativa em frente ao Palácio Rio Branco e de diálogos com a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os trabalhadores ainda não receberam uma resposta concreta do governo, mas Nascimento, foi convidada para uma reunião com uma equipe do governo nesta quarta-feira (14), e espera receber uma proposta. “Ainda não temos proposta do governo, mas está marcada a reunião para amanhã, na Casa Civil, com a Segov e a própria casa civil. Os deputados se colocaram à disposição para nos ajudar nesse processo”, relatou
A presidente do Sinteac deixou claro que a greve só será encerrada quando houver uma proposta que atenda às demandas dos trabalhadores. “A greve nós não sabemos quando encerra. Só o governador e o secretário de educação podem dizer quando que nós vamos encerrar a greve, porque só encerramos quando temos propostas que possam nos contemplar”, concluiu.
Com a continuidade das negociações, a situação permanece indefinida, deixando em aberto o retorno das atividades escolares no Acre. A expectativa é que as próximas reuniões tragam avanços para uma resolução que atenda tanto ao governo quanto aos trabalhadores da educação.



